terça-feira, 23 de abril de 2024

Homem é preso suspeito de aplicar golpes contra 129 correntistas de instituição bancária

POR Jornal Somos | 02/03/2020
Homem é preso suspeito de aplicar golpes contra 129 correntistas de instituição bancária

Polícia Civil/Divulgação

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Nesta segunda-feira (02), a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) apresentou detalhes da operação Caça-Fantasma que prendeu homem suspeito de acessar dados de 129 correntistas e alterar documentos para resgatar valores referentes a títulos de capitalização, em Goiânia. O suposto autor, de acordo com a Polícia Civil, casou um prejuízo estimado de R$ 700 mil. A corporação afirmou ainda que ele gostava de ostentar nas redes sociais com viagens para o exterior. Devido à dificuldade em localizar o homem, que era procurado há mais de um ano, os policiais passaram a chamar o mesmo de “fantasma”.

 

O homem foi detido no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, na última quinta-feira (27), logo após desembarcar de viagem a passeio para Itália e Espanha. Durante ocasião, ele permaneceu em silêncio.

 

O delegado responsável pelo caso, Cássio Arantes do Nascimento, disse que as investigações começaram depois que uma instituição bancária que vendia títulos de capitalização procurou a polícia para denunciar que clientes estavam reclamando por ter tido os benefícios sacados por outras pessoas.

 

Ele explicou que os títulos são comercializados por bancos aos correntistas. O delegado detalhou como o golpe era aplicado.

 

“Ele tinha acesso aos dados dos correntistas e ligava na instituição financeira. Para sacar títulos de até R$ 10 mil, bastava ele confirmar dados pessoais, chamados de perguntas de segurança. Quando a liberação era feita, ele pedia para que o depósito fosse feito em uma conta digital criada por ele no nome da vítima”, pontua.

 

Nos resgates acima do valor, precisavam ser apresentados os documentos pessoais do titular. Para isso, o homem pegava cópias dos documentos e colocava a foto dele sobre a do correntista. “Ele nunca ia ao banco. Enviava tudo pela internet e conseguia sacar”, revela Nascimento.

 

Ainda de acordo com o delegado, é investigada a participação de um funcionário do banco, que teria sido responsável por repassar dados dos correntistas ao suspeito, bem como de parentes do homem que o ajudariam a lavar dinheiro.

 

O responsável pelo caso informou que a instituição financeira, nesta situação, arcou com o prejuízo dos clientes.

 

O suspeito está preso na Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Se comprovado o crime, ele responderá por estelionato e associação criminosa.

 

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