quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A presidente do Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás), Bia de Lima, reivindica com o Governo de Goiás o cumprimento de vários reajustes que os trabalhadores não recebem desde 2018, mesmo com a previsão constitucional. Na tarde desta terça-feira (10), em reunião, os servidores presentes na Assembleia Legislativa (Alego) aprovaram um estado de greve em Goiás, após os deputados aprovarem, em primeira votação, a chamada “PEC da Educação”, responsável por mudanças no orçamento da Educação Básica, considerada prejudicial pelo Sintego. A Secretaria Estadual de Educação (Seduce) ainda não se manifestou sobre a situação.
Para que as reinvindicações fossem realizadas, o estado de greve não definiu um prazo para que o Executivo acate ou não as mesmas. As três principais são: pagamento do piso salarial previsto em legislação federal, pagamento da data-base aos servidores administrativos e a assinatura de 800 progressões de carreira, que, inclusive, são pré-requisitos para a aposentadoria desses mesmos servidores.
O reajuste salarial pedido é de 4,17% e a progressão, para 1.612 professores.
“A greve está nas mãos do governador. Estamos trabalhando a greve com as escolas. Se não acatarem vai parar tudo, todas as escolas, e por tempo indeterminado, o que vai prejudicar o ano letivo dos alunos”, acentua Bia de Lima. Existem, atualmente, 1.044 escolas no Estado e aproximadamente 500 mil alunos matriculados.
Nesta segunda-feira (09), o Sintego se reuniu com o alto escalão do Palácio Pedro Ludovico Teixeira e autoridades do Estado. Falaram a respeito da “PEC da Educação” e dos reajustes salariais.
Segundo Bia de Lima, o discurso do governo é de que o reajuste do piso será pago somente àqueles que ainda recebem valores abaixo dele: R$ 2.557,74. Demais profissionais ficam sem o aumento. Para Bia, isso achata a carreira e “sem progressão de nível, não há incentivo e estímulo para a formação e qualificação dos professores”.
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