quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O governo de Goiás vai quitar a folha de dezembro do funcionalismo público a partir de março, em 5 meses. É o que prevê a nova proposta de pagamento de forma escalonada, por faixa salarial, apresentada ao Fórum em Defesa dos Servidores Públicos, na sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz), nesta quarta-feira (23). O secretário de Governo, Ernesto Roller, conduziu as discussões, ao lado do superintendente executivo da Sefaz, Sílvio da Luz, e da procuradora-geral do Estado, Juliana Diniz. A proposta anterior previa o pagamento em seis meses.
O governo pretende depositar, entre março e julho, o salário referente ao mês de dezembro para os 156.206 servidores que ainda não receberam o pagamento. Segundo o secretario Ernesto Roller, esse calendário prioriza aqueles que ganham menos e que são maioria no funcionalismo: "Nós conseguiríamos atingir 60% da folha nos dois primeiros meses".
O pagamento do último mês de 2018, que sequer foi totalmente empenhado pela gestão anterior, esbarra no fluxo de caixa do tesouro estadual. Roller explicou que será preciso cortar gastos em outras áreas. "O governo reduziu o número de meses como demonstração do seu esforço e da compreensão da necessidade do servidor, fazendo uma opção por regularizar essa situação no menor tempo possível. O governo vai cortar em outras áreas, vai cortar alguns serviços, porque terá que suportar uma parcela maior".
Dados da Sefaz indicam que a previsão para 2019 é de um déficit de 6,19 bilhões de reais nas contas públicas. Por isso, o governo tem adotado medidas severas, como a redução dos incentivos fiscais para o setor produtivo, o corte de despesas de manutenção e a demissão de servidores comissionados. Os ajustes contribuíram para que os salários de janeiro começassem a ser pagos no último dia 21, portanto, dentro do mês trabalhado.
A paralisação da Educação continua. Após mais negociações entre o Fórum em Defesa de Servidores Públicos e o secretário de governo, Ernesto Roller, não houve acordo. Apesar da insistência das entidades sindicais em receber o mês de dezembro de 2018 em fevereiro, a administração estadual se manteve firme quanto ao parcelamento do salário.
A medida do Governo Estadual de reduzir o parcelamento do salário de seis para cinco parcelas foi imediatamente rejeitada pelas entidades sindicais. Os sindicatos que representam os servidores exigem a remuneração integral do mês que já foi trabalhado.
Diante da situação irredutível do governo as entidades chamam os trabalhadores para um ato nesta quinta-feira (24), a partir das 9h, no Ministério Público do Estado de Goiás, para cobrarem um posicionamento frente ao descumprimento das liminares determinadas pela Justiça, mas que ainda não foram cumpridas pelo governo de Goiás. Uma agenda de manifestações unificadas deve ser construída na ocasião.
As categorias que fazem parte do Fórum convocarão, nos próximos dias, assembleias específicas para deliberarem quais as medidas serão tomadas, com forte indicativo de greve geral. Dessa forma, os servidores da Educação devem continuar paralisados, mobilizados, realizando atividades de conscientização da sociedade, até a convocação da assembleia.
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