Cabos e Soldados acreditam que haverá desestímulo entre os membros que estão começando na corporação

Na última terça-feira (27) o Plenário aprovou, em segunda e definitiva fase de discussão e votação, o projeto de lei nº 1045/18, de autoria do Poder Executivo que altera os quantitativos das graduações do Quadro de Praças Policiais Militares (QPPM). A Associação de Cabos e Soldados acredita que haverá um desestímulo entre os membros, pois haverá uma longa demora na promoção e crescimento na carreira.

Segundo a proposta do governo e da Polícia Militar do Estado de Goiás, o remanejamento dos quantitativos de vagas poderá acontecer, porém só acontecerá em relação às praças com graduação de cabo e soldados de 1ª, 2ª e 3ª Classes. Isso porque será necessário que sejam redistribuídos, para adequar a distribuição do efetivo fixado, dentre todos os postos e graduações do estado que já existem. E assim, possibilitar a realização do concurso público para ingresso nos Cursos de Formação de Praças e de Oficiais, e posteriormente para os cargos de Soldado de 3ª Classe do QPPM e de Cadete PM, respectivamente.

O texto, de autoria do governo, altera apenas as graduações dos praças da PM, formados por soldados, cabos, sargentos e subtenentes. Foram retiradas 1,3 mil vagas de cabo e 2,3 mil de soldado 1ª classe e redistribuídos entre soldados de 2ª e 3ª classe. A justificativa no documento é a adequação da distribuição do efetivo. Além disso, a mudança não vai alterar a quantidade de policiais na corporação e nem gerar gastos extras.

Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar considera a mudança prejudicial. O presidente da associação anunciou que irá pedir que o novo governo derrube o projeto por considera-lo prejudicial à corporação.