quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Ministério da Saúde repassou apenas 12 mil doses de vacina pentavalente para o Goiás. Esse número é inferior à média de consumo mensal que atualmente é de 27 mil doses. A vacina pentavalente previne contra cinco tipos de doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo B. Aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, a vacina imuniza os bebês contra tais enfermidades.
O total enviado pelo Ministério da Saúde desde janeiro deveria ser de 300 mil doses, porque apesar do consumo mensal ser de aproximadamente 27 mil, são enviadas 30 mil como margem de segurança. No entanto, de janeiro a outubro, foram encaminhas ao Estado de Goiás, apenas 145.695 mil unidades. O último repasse de vacinas havia sido feito em julho e até o início deste mês de outubro, os estoques já estavam zerados.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), em nota pontuou: “Os Estados, ao receberem as doses do Ministério da Saúde, se encarregam de distribuir proporcionalmente as vacinas pelos municípios. Por fim as prefeituras se encarregam de vacinar a população nos postos de saúde. O objetivo é uma atuação conjunta para que a população fique protegida contra doenças.”
Segundo a pasta, foram distribuídas doses para 18 Regionais de Saúde para redistribuição aos municípios. “A orientação é realizar a busca ativa das crianças não vacinadas”, explica a secretaria. Foram repassadas em Goiânia, 2.600 doses ao Cais, Ciams e Centro Municipal de Vacinação.
O Ministério da Saúde informou que a vacina pentavalente, que é adquirida por meio da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Por esse motivo, as compras com o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram rompidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que pré-qualifica laboratórios.
A pasta informou que não há disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo. A previsão é que o abastecimento das vacinas volte à normalidade a partir de novembro. “Quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde fará busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade, entre os meses de agosto e novembro, para vaciná-las”, disse em nota.
“O Ministério da Saúde reitera que não há dados que ensejem emergência epidemiológica no Brasil das doenças cobertas pela vacina pentavalente. Ainda assim, neste momento, os estoques nacionais são suficientes para realização de bloqueios vacinais, caso surtos inesperados apareçam. O sistema de vigilância à saúde monitora continuamente o tema a emitirá os alertas se estes forem necessários”, finalizou.
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