quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Secretário de Saúde do estado de Goiás, Ismael Alexandrino, afirmou que o território goiano está começando a entrar em uma estabilização da contaminação por Covid-19. Segundo ele, o Estado está há 11 dias consecutivos registrando uma queda nos pedidos de vagas por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Eu sempre me baseio por esse número porque ele não tem delay [atraso]. O número de óbitos, por exemplo, tem dois, três dias de delay, o número de casos também porque depende do resultado do exame. Agora, a pressão na porta ela é em tempo real, eu consigo avaliar o de hoje em relação a ontem e em relação a amanhã. Então, eu gosto de avaliar esse dado e temos, de fato, esse número diminuindo. Ele ainda está muito alto como previmos que estaria durante todo o mês de abril, começou a diminuir no final do mês de março atingindo o platô durante todo o mês de abril, ainda acima dos 90% de ocupação, ainda temos pessoas aguardando leito exclusivo de Covid, mas percebemos essa discreta diminuição no ritmo de contaminação”, explicou o secretário em entrevista ao Jornal Opção.
O cenário de platô já era previsto para esse mês de abril, porém com a permanência da alta taxa de ocupação dos leitos. De acordo com dados da Superintendência do Complexo Regulador em Saúde de Goiás, no momento, existem 180 pessoas aguardando um leito de UTI adulto e 3 aguardando leito de UTI pediátrico exclusivos para o novo coronavírus.
Apesar dessa análise, os dados não podem ser interpretados como uma queda sustentada, mas sim como o indício de que a contaminação pode estar começando a desacelerar, o que se mostra importante, pois, conforme sustentado por Alexandrino, é preciso retirar a pressão por vagas primeiramente, para depois ser possível visualizar uma redução nos outros números.
“Fazemos análise várias vezes ao dia e percebemos a mesma tendência do início de agosto do ano passado de desacelerar um pouco, de diminuir o número de pedidos de vaga, mas mantendo um número alto de casos ainda. Mas aquela curva muito íngreme do começo de março diminuiu o ângulo. Uma queda sustentada mesmo teremos só no mês de maio. Primeiro você diminui a pressão na porta, aí os pacientes vão tendo alta, vai diminuindo a fila, depois que você percebe uma redução no número de óbitos, e só depois que começa a perceber redução no número de positivados por dia, que é a última coisa, o que só vai acontecer em maio”, informa o chefe da SES-GO.
Todavia, com o feriado prolongado da Semana Santa, o secretário de saúde de Goiás avaliou que é preciso aguardar duas semanas para analisar novamente o cenário e o impacto que será gerado pelos desrespeitos às medidas sanitárias de combate a disseminação da Covid-19. Ainda assim, ele acredita que não haverá piora nos índices, tomando como base o feriado de 7 de setembro do ano passado. “Se entrarmos nesse patamar de queda sustentada nas próximas semanas, talvez a discreta exacerbação não tenha impacto nos números”, revelou.
(Com informações do Jornal Opção)
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