Nesta manhã de terça-feira (23), a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, informou em entrevista que o Estado está em máxima alerta para a Covid-19, uma vez que a taxa de ocupação dos leitos estaduais está em 82%, assim como nas redes particulares.

“Quando a gente chega no número de 80% significa que estamos apresentando uma demanda crescente. Além disso, sabemos que a ampliação dos leitos de UTI tem uma limitação. Existem alguns hospitais que vamos ampliar esses leitos, mas chega uma hora que não conseguimos ampliar mais”, afirmou.

Segundo Flúvia, a maior preocupação do Estado é alcançar um momento em que não existe a possibilidade de adaptação de leitos devido ao crescimento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Conforme dados disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), somente em uma semana foram contabilizados 6.418 positivos para a doença em Goiás.

A superintendente justificou o aumento de casos com os números obtidos em Rio Verde após a realização de testagem em massa, principalmente com o resultado da indústria alimentícia BRF - Brasil Foods. “Eles testaram cerca de 8.500 pessoas e a positividade lá está em torno de 60%, isso fez com que gerasse um grande acréscimo nos casos em um curto prazo de tempo”, explica.

Além disso, Flúvia ainda disse que apesar de ser necessário um aumento na capacidade de testes para possibilitar a realização destes em massa, seria impossível a testagem em 100% da população, e que a utilização somente desta medida seria insuficiente, pois a melhoria depende do isolamento e monitoramento dos casos positivos. “Se não fizer isso, de nada adianta. Eu vou ter apenas números falando que os casos realmente aumentaram. Caso contrário, não é possível quebrar a cadeia de transmissão”.