quinta-feira, 25 de abril de 2024

Goiás é o segundo estado que mais registrou acidentes com álcool 70% durante pandemia

POR Ana Carolina Morais | 08/09/2020
Goiás é o segundo estado que mais registrou acidentes com álcool 70% durante pandemia

Reprodução / Engeplus

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As internações por queimaduras com álcool 70%, seja em líquido ou em gel, cresceram em todo o país durante a pandemia do novo coronavírus, conforme demonstram os dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras. De 19 de março até 12 de agosto, já aconteceram 497 internações por este tipo de acidente. O estado de Goiás está em segundo lugar no ranking de registros de queimaduras, com 107 internações, perdendo apenas para São Paulo, com 141.

 

 

Além de São Paulo e Goiás, outros Estados também foram destaques nos registros de acidentes com álcool, sendo eles: Pernambuco, com 63 internações, Mato Grosso, com 34 e Minas Gerais, com 20.

 

 

Segundo a diretora clínica do Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia, Mônica Sarto Piccolo, houve um aumento de 10%, na unidade, desde o mês de março, em ocorrências de queimaduras com álcool 70 com pessoas na faixa etária de 36 a 54 anos.

 

 

O aumento é justificado, principalmente, pelo crescimento no uso do álcool em gel como meio de contenção da Covid-19, e por este motivo, muitas vítimas utilizam o produto por todo o corpo, não somente nas mãos, como recomendado. Sendo assim, ao passarem próximo de chamas, correm o risco de se queimarem.

 

 

A queimadura provocada pelo álcool é muito profunda e pode atingir o terceiro grau, sendo possível, ainda, que a vítima aspire o ar aquecido, gerando complicações pulmonares, conforme informado pela Dra. Mônica Piccolo. “Em vários lugares as pessoas borrifam álcool líquido. Nas outras faixas etárias o aumento foi pequeno. Nas crianças de 5% para 8% o aumento foi pequeno em comparação com os adultos”, relata a diretora clínica do Pronto Socorro para Queimaduras.

 

 

Outro perigo que envolve este formato de acidente é o fato de que o fogo gerado pela combustão de álcool em gel não possui uma boa visibilidade, por ser de tonalidade azul, e não amarela, como o fogo comum.

 

 

“As pessoas levam dentro do bolso. Isso é perigoso, cai uma faísca e causar uma queimadura. Tivemos acidente que morreu a família toda. Estavam com 5 litros de álcool em gel do lado da churrasqueira. Achando que não seria inflamável, mas demora um pouco mais, mas explode do mesmo jeito que o produto comum”, alerta a Dra. Mônica Piccolo.

 

 

Com informações do Jornal Opção

 

 

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