sexta-feira, 09 de maio de 2025
Foto: Agência Brasil
Goiás tem avançado no combate aos lixões a céu aberto, mas o desafio agora é definir para onde o lixo irá após o encerramento dessas áreas irregulares — e quem vai pagar a conta. Atualmente, 134 municípios ainda utilizam lixões, enquanto 112 já adotam uma destinação ambientalmente adequada dos resíduos, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Para esclarecer as próximas etapas, o governador Ronaldo Caiado e a secretária Andréa Vulcanis reuniram-se virtualmente com cerca de 242 prefeitos na última quarta-feira (7). O foco foi apresentar a proposta de gestão regionalizada dos resíduos, uma solução que prevê infraestrutura compartilhada entre grupos de municípios. A ideia é substituir iniciativas isoladas, que muitas vezes esbarram na falta de recursos, principalmente nas cidades menores.
A estratégia está fundamentada na Lei Complementar nº 182, aprovada em maio de 2023, que dividiu Goiás em três microrregiões: Oeste, Leste e Centro. Cada uma dessas regiões atuará como um colegiado, com estados e municípios dividindo a responsabilidade pela governança de aterros sanitários e outras estruturas necessárias.
O Governo de Goiás contratou o BNDES para desenvolver o modelo de gestão, aproveitando a experiência técnica do banco. Durante a reunião, especialistas da instituição apresentaram o cronograma do projeto, os possíveis formatos de atuação e esclareceram dúvidas dos gestores municipais.
“O modelo regionalizado foi pensado para atender todos os goianos, inclusive os que vivem em cidades pequenas. Essa construção começou com Iris Rezende, que defendeu a solidariedade entre os municípios. Goiânia, por exemplo, terá tarifa quase zero, enquanto os menores terão uma tarifa proporcional”, afirmou o governador. Caiado ainda destacou que o modelo aprovado pela Assembleia Legislativa será mantido durante sua gestão.
A secretária Andréa Vulcanis reforçou a importância da participação dos prefeitos no preenchimento de um questionário enviado pelo BNDES, que será base para os estudos técnicos do novo sistema.
A iniciativa faz parte do programa Lixão Zero, instituído pelo decreto 10.367/2023. O plano prevê duas fases: uma fase de transição — em que os municípios devem encerrar imediatamente os lixões e buscar aterros licenciados próximos — e a fase definitiva, que prevê a criação das infraestruturas regionais.
A regionalização da gestão de resíduos sólidos é apontada como a chave para resolver de forma sustentável e eficiente um dos maiores problemas ambientais do estado.
Com informações de Mais Goiás.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.