quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Goiás

Goiano desenvolve modelo de previsão do tempo para a Nasa

POR Jornal Somos | 24/01/2020
Goiano desenvolve modelo de previsão do tempo para a Nasa

Redação Jornal Somos

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Juntamente com sua equipe do Brasil e dos Estados Unidos, o físico goiano Saulo Ribeiro de Freitas, de 54 anos, desenvolveu um modelo mais preciso para a previsão do tempo que será adotado pela Nasa, agência espacial norte americana. Esse sistema poderá ajudar na prevenção de desastres naturais e orientar setores da agropecuária.

 

Saulo explica que a previsão é feita com base em modelos matemáticos que usam leis da física. Fornecendo os dados atmosféricos atuais, supercomputadores fazem os cálculos para fornecer projeções futuras de como o tempo vai evoluir, prevendo onde vai chover, os locais que vão esquentar ou esfriar.

 

“O diferencial agora é produzir informações mais acuradas de como as nuvens e a chuva se formam. Isso requer mais cálculo computacional, mas como os computadores estão cada vez mais potentes, você consegue resolver em tempo hábil. Esse modelo novo é mais sofisticado em termos de ter mais informações de física que o antigo que vinha sendo usado”, explicou.

 

Ele comparou o sistema desenvolvimento à peça do motor de um carro, que é substituída para que o todo funcione melhor. A agência espacial utiliza modelo chamado Nasa Geos, que analisa diversos aspectos do clima. Já o novo sistema vai substituir o componente que fazia a previsão das chuvas dentro no Geos.

 

Com a coordenação do projeto Saulo diz se sentir satisfação pelo trabalho desenvolvido e por estar junto com alguns dos principais cientistas do mundo.

 

“Isso mostra que o Brasil, que estado de Goiás pode produzir ciência de qualidade. Isso pode servir de inspiração”, completou.

 

O cientista mora dos Estados Unidos desde 2016. As portas da Nasa se abriram para o goiano após ele, em seu doutorado, desenvolver um sistema de monitoramento de queimadas e emissão de fumaça.

 

“Quando comecei meu doutorado, eu me interessei por essa área de problemas ambientais. Eu desenvolvi um modelo mais completo de previsão do tempo, mas também de previsão de qualidade do ar, verificando os níveis de poluição, a direção e a quantidade de fumaça que está sendo carregada. E esse trabalho pioneiro chamou a atenção da Nasa”, contou.

 

O cientista, desde então, coordena a equipe que desenvolve o novo sistema, em uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisa Especiais (Inpe) e a Nasa.

 

O modelo deve começar a operar no dia 30 de janeiro na agência norte-americana. Agora, ele veio ao Brasil para iniciar o processo para que o sistema também seja utilizado no Brasil.

 

 

Fonte: G1 Goiás

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