quinta-feira, 21 de novembro de 2024
O número de adesões em Rio Verde e estado de Goiás prova que as pessoas ainda não estão a vontade com CNH Digital.
Redação Jornal Somos
Por mais que a CNH digital seja uma modernidade, uma pequena porcentagem de motoristas aderiu à ela. Entre as 27 unidades federativas do País, São Paulo é a que mais emitiu CNHs digitais, com um total de 49.955 unidades, no Estado, a emissão passou a ser possível em março.
Segundo a assessoria de comunicação do Detran, Goiás foi pioneiro na CNH-e, desde o lançamento em setembro de 2017 até agora já foram emitidas aproximadamente 30 mil. Desde setembro de 2017 até 28 de março de 2018 não havia custos, agora é cobrada uma taxa de R$ 10,00 para custos operacionais.
Um dos motivos para a baixa adesão é que o documento só pode ser emitido a distância se o motorista tiver uma CNH com QR Code e também um certificado digital, que é pago. O custo desse documento costuma ser superior a R$ 100.
Quem ainda tem a versão antiga da habilitação, deve pedir uma segunda via impressa, para ter uma CNH com o QR Code (não é preciso esperar a CNH vencer para solicitar a segunda via do documento). Depois, é preciso fazer um cadastro no site do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e ir a uma unidade do departamento de trânsito para confirmar os dados.
As exigências para obter o documento digital também são criticadas por usuários nas plataformas de download. No Google Play (para Android), o app CNH Digital é avaliado com nota 2,7, não muito diferente da 2,3, apontada por usuários do iTunes - em ambos, a nota máxima é 5. Até 29 de junho, foram mais de 2 milhões de downloads, número 800% maior que o de usuários que efetivamente fizeram a carteira.
Nas plataformas, é frequente a falta de informação sobre a necessidade de ter um certificado digital ou de comparecer ao Detran. Há, também, relatos de dificuldades para instalar e manipular o aplicativo. “A avaliação do aplicativo pode estar associada à impossibilidade do usuário, que ainda não tem a CNH em papel com QR Code”, justificou o Serviço Federal de Processamento de Dados, responsável pelo aplicativo, por meio de nota. Segundo o Serpro, uma versão 2.0 do CNH Digital será lançada no segundo semestre e vai contemplar também a documentação do veículo.
A CNH Digital é reconhecida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pode ser aceita como documento oficial no momento do embarque de voos domésticos. A carteira já é aceita pelas maiores companhias do país, como Latam, Gol, Avianca, Passaredo e Azul.
Dentre as locadoras de carros contatadas pelo Estado, a Movida e a Localiza afirmaram aceitar a CNH Digital, mas a segunda exige a versão impressa. Além disso, a Polícia Militar de São Paulo já aceita a versão digital nas ocasiões em que exige a apresentação da CNH.
Para tirar a CNH digital, é preciso seguir algumas etapas:
1) O motorista deve ter a carteira de habilitação em papel com QR Code; quem tem a versão antiga, deve pedir uma segunda via impressa.
2) Com a carteira com QR Code em mãos, fazer o cadastro no site do Denatran.
3) É necessário confirmar as informações pessoais. Para fazer esse processo à distância, o motorista tem que tirar uma certificação digital, que é paga. Ou tem que comparecer pessoalmente a uma unidade do Detran.
4) Depois dessas etapas, o motorista deve instalar o aplicativo CNH Digital no celular (há versões para IOS e Android). O acesso ao aplicativo é feito por um código de ativação. Depois, o motorista tem de criar uma senha de 4 caracteres para acessar o documento no celular.
Vale lembrar que o documento só é aceito se apresentado no aplicativo oficial. Não são válidas cópias. A CNH Digital pode ser bloqueada pelo site do Denatran em caso de roubo ou furto do celular.
Fontes: Estadão e assessoria de imprensa Detran Goiás.
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