quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Goiás

Goiânia tem a 9ª cesta básica mais cara entre capitais do país, segundo Dieese

POR | 12/01/2021
Goiânia tem a 9ª cesta básica mais cara entre capitais do país, segundo Dieese

Redação Jornal Somos

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Ontem, segunda feira (11/01/2021), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou um levantamento que mostrou que o preço médio da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais pesquisadas ao longo de 2020. Segundo o Dieese, em 2020, a maior parte dos produtos que fazem parte desse conjunto de alimentos básicos para um adulto no Brasil apresentou elevação de preços em todo o país. O maior aumento foi observado em Salvador, enquanto o menor, em Curitiba.

 

 

A capital goiana teve a sétima maior variação, com encarecimento dos valores em 23,98%, e consequentemente passou a ocupar a 9ª colocação de maior preço médio da cesta básica em 2020, tendo o valor final R$563,80.

 

 

 

O Departamento explica que a alta dos preços, segundo o órgão, foi reflexo, principalmente, da desvalorização cambial e do alto volume das exportações. Além disso, fatores climáticos, em decorrência de longos períodos de estiagem ou de chuvas intensas, também impactaram nos preços dos alimentos.

 

 

No documento, o Dieese destacou os seguintes itens da cesta como tendo o maior aumento nos preços em todas as capitais pesquisadas:

  • Carne bovina de primeira: por diversos motivos, como o intenso ritmo de exportação, principalmente para a China, a baixa disponibilidade de boi gordo no pasto, o encarecimento de importantes insumos pecuários importados e de alimentação do gado.
  • Leite UHT e manteiga: na maior parte do ano, foram verificados baixos estoques nacionais de leite no campo e custos elevados de produção, principalmente de insumos como soja e milho; além de problemas climáticos, como chuvas irregulares e secas extremas.
  • Arroz agulhinha: foi um dos vilões da inflação de alimentos em 2020, pressionado pela desvalorização do real frente ao dólar, o que aumentou o custo de produção e elevou o volume de grão exportado, além da diminuição da área plantada e do abandono da política de estoques reguladores por parte do governo.
  • Óleo de soja: o Brasil exportou um elevado volume de soja e derivados, devido ao real desvalorizado em relação ao dólar e à forte demanda externa, o que fez aumentar o preço do produto no mercado interno.
  • Batata: produção foi impactada ao longo do ano devido a condições climáticas, que resultou em redução na oferta do produto e, consequentemente, na alta de preços.
  • Açúcar: também foi impactado pelo grande volume de exportações diante da desvalorização do real frente ao dólar.
  • Farinha de trigo e pão francês: como o Brasil não produz a quantidade de trigo suficiente para a demanda interna, o país depende da importação do produto, cujo preço foi elevado diante da desvalorização cambial.
  • Tomate: além da redução de área plantada, houve impacto por fatores climáticos que prejudicaram a produção.

 

Clique e leia documento completo.

 

A maior preocupação do Dieese é que os valores praticados tenham ficado de 50% acima do valor do salário mínimo, o que significa que boa parte da sociedade não teria uma renda individual que pagasse por estes valores aplicados.

 

"O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta para o conjunto das capitais, considerando um trabalhador que recebe salário mínimo e trabalha 220 horas por mês, foi, em dezembro, de 115 horas e 08 minutos, maior do que em novembro, quando ficou em 114 horas e 38 minutos", destacou o Dieese.

 

 

 

(Com informações do Dieese e Agência Brasil)

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