sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O magistrado Gilmar Mendes enviou um ofício a Dias Toffoli para que o presidente do Supremo Tribunal Federal tome as “providências que entender cabíveis” quanto às declarações de Jorge Kajuru.
Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, o senador pelo PSB de Goiás fala a um repórter da rádio Bandeirantes e acusa Gilmar de “vender sentenças”.
“A CPI da Toga vai lhe convocar e você vai ser o primeiro a ser questionado”, afirma Kajuru na entrevista.
O senador prossegue: “Queremos saber como você tem 20 milhões de patrimônio. De onde tirou? De Mega Sena? Herança de quem? Foram das sentenças que você vendeu, seu canalha”.
Questionado sobre a soltura de Beto Richa, Kajuru diz ainda: “Beto Richa é sócio dele, Aécio Neves é sócio dele, o Marconi Perillo é sócio dele”.
Vários senadores se solidarizaram com Kajuru após a notícia do pedido de Mendes. O senador voltou a criticar o ministro do Supremo e classificou o ofício como um “atestado de idoneidade”. O caso foi citado em pronunciamentos que cobraram a instalação da CPI dos Tribunais Superiores.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defendeu equilíbrio e respeito entre os Poderes da República, mas manifestou solidariedade a Kajuru. O presidente da Casa destacou o art. 53 da Constituição, segundo o qual "os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos".
Em agradecimento às palavras de apoio do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que defendeu suas prerrogativas, o Kajuru reiterou que a Constituição defende o direito de expressão dos parlamentares. Ele também citou a ocasião em que, durante julgamento do Supremo, Gilmar chamou um procurador de “gângster”: “Ele [Gilmar] tem esse direito e eu não tenho direito de usar um adjetivo contra ele?”, questionou.
Kajuru desafiou os institutos de pesquisa a apurar o que o povo brasileiro pensa de Gilmar Mendes: segundo ele, 100% da população acompanharia sua opinião negativa sobre Gilmar.
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