quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Os números mostram que o crescimento da folha de pagamento do funcionalismo estadual será uma preocupação. Com a alta de 13,2% no primeiro semestre esse ano, enquanto a receita aumentou apenas 7,47%, se este descasamento das contas continuar, a previsão é que comprometa a saúde das finanças do Estado.
Somente no mês de agosto, o pagamento de 171.501 funcionários, entre ativos, inativos e pensionistas, somou R$1,044 bilhão, um aumento de 13,8% sobre o mesmo período do ano passado e 28% maior que em agosto de 2016. Além do aumento de cerca de 6 mil servidores, com a inclusão de aprovados em concursos, os números também foram impactados por aumentos salariais e de benefícios, além da criação e transformação de cargos e funções comissionadas.
Os dados são dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária do Estado. Em 2017, foram aprovados 46 projetos que elevariam as despesas com o pessoal em Goiás em cerca de 1 bilhão este ano. O principal deles foi o pagamento do auxílio alimentação para os servidores. O relatório da gestão fiscal aponta que a despesa representou 40,15% da receita, ainda dentro do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, de 46,17%.
O próximo governo terá que enfrentar essa desproporção das despesas crescendo bem mais que a receita e fazer mais com o que já existe.
Entre os gargalhos relacionados à folha, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público no Estado (Sindipúblico) aponta que os servidores estaduais têm sofrido muito com o parcelamento dos salários todos os meses. Segundo o presidente do sindicato Nylo Sérgio, os servidores só recebem no décimo dia do mês subsequente, o que compromete o orçamento familiar.
Um levantamento feito pelo sindicato demonstra que, de 2007 a 2018, o déficit na recomposição da remuneração dos servidores é da ordem de quase 33%.
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