domingo, 24 de novembro de 2024
Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A funcionária que denunciou ter sido demitida após ter reclamado de receber figurinhas pornográficas do gerente de Recursos Humanos da empresa contou à polícia detalhes de como foi o desligamento da empresa, em Santa Terezinha de Goiás, no norte goiano. À polícia, a mulher de 42 anos disse que o gerente suspeito a demitiu após uma colega denunciar a situação ao proprietário da empresa.
“O autor demitiu a vítima e avisou que iria registrar uma ocorrência contra ela por difamação, uma vez que outra funcionária relatou para o proprietário da empresa que o autor tinha esse comportamento com todas as funcionárias”, relatou a polícia sobre a denúncia feita pela mulher.
A funcionária foi demitida na última quinta-feira (6) e o caso foi registrado como importunação sexual. Os nomes do gerente e da empresa não foram divulgados pela Polícia Civil. O g1 não conseguiu contato com a defesa deles para um posicionamento.
Mensagens recebidas por funcionária
De acordo com o registro da Polícia Civil, o gerente mandava mensagens para a funcionária a chamando de “princesa”, “meu amor”, “minha flor” ou “minha florzinha”, desde 2023. Ainda no registro da polícia, a funcionária afirma que, em abril deste ano, o gerente mandou mensagens com figurinhas de cunho sexual. Em seguida, a funcionária afirma que as investidas do gerente estavam a incomodando.
"Isso já está estressante, viu? Só para avisar", diz ela, respondendo a uma figurinha enviada pelo suspeito. Em outra mensagem divulgada pela polícia, o suspeito oferece uma casa para a funcionária para que se relacionem.
"Eu dou a casa para você morar, se ela for para nós dois", relata a vítima à polícia. Já em outra mensagem, o gerente envia uma figurinha, ao que a funcionária responde "de novo??", questionando o envio insistente de figurinhas de cunho sexual para ela. De acordo com a polícia, no último dia 6, o gerente disse à funcionária que a estava demitindo e que ia registar ocorrência por difamação, uma vez que outra funcionária relatou para o proprietário da empresa que o gerente tinha esse comportamento com todas as funcionárias.
Foi quando ela procurou a delegacia para denunciá-lo. O nome da empresa não foi divulgado pela polícia, pois, por se tratar de crime contra a dignidade sexual, a investigação corre em sigilo.
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