sexta-feira, 19 de abril de 2024

Goiás

Fruta do Cerrado é utilizada em pesquisa da UFG para tratamento de vitiligo

POR Ana Carolina Morais | 02/03/2022
Fruta do Cerrado é utilizada em pesquisa da UFG para tratamento de vitiligo

Foto: Mauricio Mercadante / Silva Jr., M.C. 100 Árvores do Cerrado. 2005.

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A fruta mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), típica do Cerrado, está sendo utilizada em uma pesquisa para tratamento de repigmentação da pele em casos de vitiligo. O estudo é conduzido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) há mais de 10 anos, sob coordenação do professor Edemilson Cardoso da Conceição, e objetiva a criação de um gel e de cremes que auxiliarão na redução das manchas geradas pela doença.

 

 

Atualmente, o vitiligo vem ganhando mais visibilidade com as redes sociais, principalmente agora, em que o Big Brother Brasil 2022 (BBB 22) inseriu, em seu elenco, a modelo e designer de unhas Natália Deodato, que possui a doença e por diversas vezes já relatou, no programa, que não existem muitas informações para os portadores da condição.

 

 

O vitiligo é uma doença autoimune que possui, como sintoma, o surgimento de manchas brancas na pele de quem o possui, marcas, essas, que cresce e se espalham. A explicação é que as células responsáveis pela produção de melanina, os melanócitos, são atacadas por algum motivo desconhecido pelo sistema de defesa. Sendo assim, diante da ausência do pigmento, a cor da pele se altera, fazendo com que os pelos do lugar afetado nasçam brancos e a região se torne sensível a queimaduras solares.

 

 

A pesquisa da UFG optou pela mama-cadela pelo conhecimento pré-existente de que o chá dessa fruta é utilizado para repigmentar a pele. “Escolhemos a mama-cadela pois já tínhamos um conhecimento tradicional. As pessoas usam o chá da planta, como um conhecimento popular, para ajudar a repigmentar a pele. Por meio desta informação, fizemos um estudo científico para entender melhor a planta e suas propriedades”, conta Mariana Cristina de Morais, pesquisadora sobre vitiligo e doutora em ciências farmacêuticas.

 

 

Os estudiosos estão confiantes no resultado que a pesquisa poderá trazer. “Os pacientes devem fazer uso diário das apresentações, aguardando 30 minutos e depois se expondo ao sol. A repigmentação da área afetada é feita de dentro para fora. Com isso, o efeito começa nas camadas mais internas da pele e seguem até a parte externa”, revela Mariana, que chegou a utilizar o produto. “Tenho manchas de vitiligo no queixo e no pé. Então fiz um tratamento teste, seguindo as recomendações de segurança, para avaliar os resultados. Fiz uma avaliação gradual e percebi que de fato surgiu efeito natural”.

 

 

(Com informações do Jornal Opção, da Veja Saúde e da Tua Saúde)

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