quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Sandro Teixeira de Oliveira, um dos filhos do médium João Teixeira conhecido como João de Deus, foi preso nesse sábado (2). Sandro foi preso em Anápolis por coação no curso do processo e corrupção ativa. No mesmo processo, seu pai responde pelo crime. O médium sempre negou as acusações.
A defesa de Sandro nega todas as acusações. Seu advogado, Guilherme do Amaral, alega que o caso que motivou a prisão ocorreu em 2016 na cidade de Alto Paraíso de Goiás, onde, de acordo com ele, seu cliente jamais esteve. O advogado garante que há como provar a inocência de Sandro.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que além do mandado de prisão contra Sandro, a juíza Rosângela Rodrigues, da comarca de Abadiânia, expediu uma nova ordem de prisão contra João Teixeira, que já está detido.
Sandro foi denunciado no final de janeiro no caso envolvendo uma testemunha, em 2016. Na ocasião, um dia após o registro do crime, de acordo com o promotor Augusto César, o médium já sabia do boletim de ocorrência e tentou, com o filho, subornar a testemunha.
O promotor conta que João de Deus e seu filho, que estava armado, foram até a cidade da vítima e ofereceram a uma das testemunhas pedras preciosas no valor de R$ 15 mil para que fosse retirado o registro.
O MP-GO pediu medidas cautelares a Sandro, que não saia de Anápolis, onde mora, não se aproxime das vítimas e compareça ao juiz mensalmente.
Morre ativista que ajudou a denunciar João Teixeira
A ativista Sabrina Bittencourt, que ajudou a denunciar os abusos sexuais cometidos por João Teixeira, cometeu suicídio na noite de sábado (2). Ela tinha 38 anos. Sabrina foi uma das criadoras do movimento Coame (Combate ao Abuso no Meio Espiritual), que reunia denúncias de violações sexuais cometidas por líderes religiosos e espirituais.
Sabrina deixou uma carta de despedida, relatando os porquês de ter tirado sua vida. Dois dos três filhos de Sabrina ainda não sabem do ocorrido, e o pai, Rafael Velasco, está tentando protegê-los. “A luta de Sabrina jamais será esquecida e continuaremos, com a mesma garra, defendendo as minorias, principalmente as mulheres que são vítimas diárias do machismo. Agradeço o apoio de todos", dizia a nota publicada por Maria do Carmo, presidente da ONG Vítimas Unidas, na qual Sabrina Trabalhava.
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