quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Imagem: freepik
A Fundação Banco de Olhos de Goiânia interrompeu as cirurgias por conta da escassez de anestesistas disponíveis para os procedimentos.
Em entrevista nesta quinta-feira (23), ao G1, o diretor administrativo-financeiro da instituição, Paulo Renato Manso, explicou que, devido à falta desses profissionais, a fundação não está conseguindo atender urgências que requerem anestesia.
"Sem os anestesistas, 90% das cirurgias não podem ser feitas. Embora estejamos atendendo urgências, se algum caso precisar de anestesia, precisamos encaminhar o paciente para outro local", comentou.
Em uma nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que já pagou R$ 1,6 milhão à fundação, referente ao mês de novembro de 2024. A Secretaria também declarou que os pagamentos aos prestadores de serviços serão realizados de forma integral assim que os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) forem recebidos pela Prefeitura.
Com esse valor de R$ 1,6 milhão, o diretor afirmou que foram pagos os funcionários, os plantões e alguns prestadores de serviços, além de empréstimos contraídos pela fundação.
O diretor relatou que a falta de anestesistas surgiu após a Secretaria Municipal de Saúde interromper as negociações com a cooperativa desses profissionais no ano passado.
A partir dessa mudança, os hospitais passaram a arcar com os custos dos anestesistas, o que aumentou os gastos da fundação para atender à demanda da prefeitura. "A Prefeitura não cumpriu a promessa de repassar o valor devido, o que causou um grande déficit financeiro no final do ano", explicou.
Paulo Renato Manso ressaltou que, devido à escassez de anestesistas, não há previsão para o retorno das cirurgias. No entanto, ele garantiu que a equipe da fundação está buscando soluções para regularizar o atendimento o mais rápido possível.
"Estamos procurando alternativas para resolver a situação. Os médicos estão prontos para ajudar, e estamos em negociações com os anestesistas para retomar os serviços. A nossa prioridade é resolver o problema, pois os maiores prejudicados não somos nós, mas sim os pacientes que dependem da fundação", finalizou.
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