quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
As exportações realizadas pelo estado de Goiás para a China sofreram uma queda de 23% em relação ao mesmo período de 2019. Se comparado ao mês passado, este percentual aumenta ainda mais, atingindo um recuo de 58,4%. O declínio é consequência dos efeitos do coronavírus, e poderá aumentar após o acordo firmado entre Estados Unidos e o país asiático.
Segundo o índice divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), por meio do Indicador de Comércio Exterior (Incomex), a desaceleração da economia chinesa em decorrência do vírus e a trégua comercial com os EUA poderão causar uma queda de 10% a 15% nas exportações.
O impacto já começou a ser sentido pelas exportações goianas de carne. Enquanto em dezembro de 2019, Goiás exportou US$ 96,2 milhões em carne bovina para os chineses, em janeiro a venda atingiu a marca de US$ 50,8 milhões, registrando 47% de queda.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Goiás (Sindicarne), Leandro Stival, outros fatores também contribuíram para a queda. Ele lembra que, em dezembro, ocorreu um excesso de exportações para a China. Assim, em janeiro, os embarques foram reduzidos, pois o mercado já estava abastecido, mas também devido ao feriado do Ano Novo Chinês e ao coronavírus, que provocaram atraso na logística marítima da região.
Além destes quesitos, de acordo com Stival, outro ponto foi a queda no consumo na China, uma vez que algumas de suas cidades ficaram em quarentena, o que resultou no adiamento de alguns contratos de exportações. Dessa forma, a expectativa é que o nível de exportação seja retomado a partir de março.
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