quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Goiás

Estudantes da UFG vão representar o Brasil na ONU

POR Jornal Somos | 17/12/2019
Estudantes da UFG vão representar o Brasil na ONU

Redação Jornal Somos

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Três estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) se uniram para criação de um aplicativo que agora foram convidados a apresentar à Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Os universitários do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Goiás (UFG), Graziele Gabriel Gonçalves e Júnior da Silva, se juntaram ao estudante de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), Shalon Santos, e desenvolveram um aplicativo denominado Re Formula. A proposta do aplicativo é criar um ambiente virtual onde os estudantes que enfrentam dificuldades em alguma matéria específica, possam receber auxílio de diferentes professores cadastrados na ferramenta. “O estudante deve se cadastrar na plataforma e comunicar a sua dificuldade em alguma área do conhecimento. A partir disso, o aplicativo envia a solicitação dos estudantes para os professores cadastrados que ministram aulas sobre o conteúdo desejado”, explicou Shalon.

 

Segundo os idealizadores do projeto, o aplicativo não é somente para alunos que estão na universidade. “O aplicativo está programado para receber estudantes desde o nível fundamental até a pós-graduação”, pontuou Shalon. Natural de São Félix do Xingu, no Pará, o estudante Júnior da Silva afirmou que o aplicativo é uma possibilidade de levar informação para localidades carentes e de difícil acesso. “Eu me mudei para Goiânia e estou na universidade, mas meus primos continuam morando em vilas afastadas da cidade. Para eles, o acesso à educação é uma realidade muito limitada, pois é frequente não ter aula na região”, afirmou.

 

Da comunidade Quilombola Urbana do Jardim Cascata, a estudante Graziele Gabriel visualizou no projeto uma alternativa para que os estudantes se aperfeiçoem nas matérias que mais apresentam dificuldade. “Me apaixonei pela proposta do aplicativo por causa dos obstáculos que vinha vivenciando na faculdade. O nosso projeto é uma alternativa para os estudantes se aperfeiçoarem em meio às dificuldades”, completou. Além de todos os benefícios para os estudantes, o aplicativo almeja beneficiar também os professores que se cadastrarem na ferramenta. “Nosso intuito a longo prazo é que o aplicativo seja uma oportunidade de renda extra para o professor”.

 

Segundo Shalon, os usuários que se cadastrarem vão poder investir um valor simbólico no aplicativo para que possam ter acesso às aulas extras, acima do que o pacote gratuito do aplicativo consiga oferecer. Em sua fase de criação, o aplicativo foi apresentado por Shalon, na Universidade de Cuiabá (UNIC), para um público de três mil pessoas. “Um representante da ONU estava assistindo a apresentação, se interessou pelo projeto e nos indicou para participar de uma competição nos Estados Unidos”, comentou o estudante de publicidade.

 

Ao concorrer com projetos de mais de 90 países, o aplicativo Re Formula conquistou o segundo lugar na competição da ONU. O aplicativo ainda não está disponível para download. Por meio de uma ‘vaquinha’ online, os três estudantes buscam agora arrecadar dinheiro para conseguir apresentar a ferramenta na sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. “Precisamos levar o nosso projeto para a ONU em fevereiro de 2020, para que assim possa acontecer a implementação do aplicativo no Brasil e em outros países”, afirmaram.

 

Início

O desenvolvimento da plataforma Re Formula teve início em uma disciplina de Empreendedorismo da UFG, quando parte dos integrantes do grupo se conheceram. Graziele e Júnior já participavam de outros tipos de competição e, durante seus estudos sobre o tema, acabaram conhecendo Shalon, que há cinco anos está à frente da Organização Brasileira de Estudantes (OBE), de que passaram a participar os outros dois estudantes. À época, segundo Graziele explica, Shalon já havia feito entrevistas, identificado lacunas que precisavam ser preenchidas na educação, e, com isso, possuía a ideia embrionária do aplicativo, apresentada em uma conferência em uma universidade de Cuiabá (MT). Depois, com a união dos participantes, foi possível avançar e chegar mais perto do que o projeto é hoje. “Foi uma união de propósitos. Unimos a ideia à nossa ideologia, que é a de valorizar os conhecimentos e compartilhar os saberes”, resume a estudante.

 

ONU

Educação inclusiva, equitativa e de qualidade é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Todos os países devem criar estratégias e projetos durante os próximos 15 anos, para que os objetivos propostos se concretizem. O Brasil já definiu seu representante. Agora é só torcer.

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