Com a chegada das férias e a criançada em casa, é comum que os pequenos passem mais tempo mexendo com o que não deve, o que pode levar a causar acidentes domésticos.

Em uma fala a Agência Cora de Notícias, a ortopedista pediátrica, Ingrid Araújo, ressalta que é necessário redobrar a atenção a tudo o que está no campo de visão da criança.

“As crianças são curiosas e não têm a mesma percepção de perigo dos adultos. Por isso, podem se colocar em situações de risco e os pais precisam ter atenção a tudo o que está na altura do olhar das crianças, porque pode gerar curiosidade e criar a possibilidade de um acidente”, destaca a médica.

Segundo dados do Ministério da Saúde, os acidentes são a principal causa de morte de crianças de até nove anos. Foram 4.295 casos registrado apenas em 2023.

Uma questão essencial aos pais, é sempre verificarem a questão da validade de produtos, como telas de proteção, que ficam expostos à chuva e o sol e podem comprometer a segurança das crianças. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os equipamentos de proteção têm data de validade de três anos.

“Outra dica que vale ser lembrada é só permitir o acesso das crianças a ambientes com piscina quando houver a supervisão de um adulto”, afirma a médica.

Produtos de limpeza e medicamentos também exigem a atenção neste período por adultos, pois podem provocar intoxicação e até uma tragédia.

“O ideal é que esses produtos estejam fora do alcance das crianças, em locais de difícil acesso. A proteção das tomadas, pontas de mesas e móveis pontiagudos também é uma medida muito válida para evitar acidentes domésticos”, conta o pediatra André Resende.

Em brinquedos maiores como pula-pula, os pais devem observar a capacidade do equipamento, a divisão por idade, intensidade das brincadeiras e se a borda está coberta para evitar que o pé da criança fique preso entre as molas.

“O pula-pula está sempre presente, seja em reuniões familiares, confraternizações, bares, restaurantes ou festas de aniversário. É muito importante que os pais permitam no máximo três crianças por vez no mesmo brinquedo e que essas crianças sejam da mesma idade e peso semelhante porque elas serão impulsionadas durante a brincadeira”, orienta Ingrid.