sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Na manhã desta sexta-feira, a empresa Equatorial Energia passou a ser procurada e conhecida entre os goianos. Isso porque após anúncio feito pelo governador Caiado, chegou ao conhecimento que esta será a nova administradora da distribuição deste serviço essencial no estado.
Para tal, segundo documento enviado pela Enel, foi fechado a compra da CELG-D, a distribuidora de energia de Goiás que pertencia agora à italiana Enel no valor de R$ 1,6 bilhão pela CELG-D e assumindo a dívida líquida de R$ 5,9 bi reportada em 31 de março, o último balanço publicado. Valor este a ser quitado em 12 parcelas.
No primeiro ano de aquisição feita pela Enel, em 2018, a Enel reconheceu uma base de ativos regulatória (RAB) de R$ 3 bi. De lá para cá, os italianos investiram R$ 5 bilhões na empresa, o que sugere que a RAB atual seja de pelo menos R$ 8 bi. Olhando apenas estes números e desconsiderando eventuais contingências que podem encarecer a aquisição, a Equatorial está pagando um enterprise value ligeiramente abaixo de RAB, enquanto as distribuidoras negociam na Bolsa a um múltiplo médio de 1,7-1,8x EV/RAB.
Com a aquisição, esta é a sétima aquisição de uma distribuidora pela Equatorial, uma empresa que fez sua reputação em cima de turnarounds complexos no Brasil profundo. O modelo de gestão da Equatorial já foi aplicado no Maranhão (2004), Pará (2012), Piauí (2018), Alagoas (2019), Rio Grande do Sul e Amapá (2021). Mas a aquisição da CELG-D é a maior já feita pelo grupo em distribuição de energia – e tem um dos maiores retornos projetados da história da Equatorial, disseram as fontes, sem fornecer números.
A transação é uma derrota para a Energisa, que tem diversas concessões ao redor de Goiás e também disputava o ativo. BTG Pactual assessorou a Equatorial, que trabalhou com o Mattos Filho. Itaú BBA assessorou a Enel, que trabalhou com o Pinheiro Guimarães.
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