quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Na tarde de ontem, terça feira (27/10), entregadores protestaram em frente ao condomínio de luxo em que estava prevista a entrega no último domingo (25/10) dos sanduíches encomendados por aplicativo de pedidos, de uma hamburgueria em Goiânia (clique e leia mais). Eles fizeram um buzinaço e estenderam uma faixa contra o racismo. O motivo foi que o entregador Elson Oliveira, de 39 anos, foi vítima de racismo ao tentar entregar o pedido. Ele inclusive agradeceu o apoio recebido nas redes sociais após o caso vir à tona. Apesar das mensagens, ele diz que a situação o magoou. O caso veio à tona ontem, terça feira (26) após a hamburgueria que o motoqueiro era contratado divulgar o assunto nas redes sociais. Com a denúncia feita e externalizada, entregadores de aplicativo e motoboys foram à porta do condomínio protestar. A Polícia Civil investiga quem escreveu o texto.
Em nota, o aplicativo Ifood informou que já identificou e baniu a usuária suspeita de enviar as mensagens e que entrou em contato com a empresa para prestar apoio psicológico ao entregador.
— Jornal Somos (@JornalSomos) October 28, 2020
Já o Condomínio Aldeia do Vale afirma que não há em seu registro de moradores, o nome e o CPF da mulher que proferiu as injúrias racistas. A informação foi confirmada após o Condomínio ter acesso, por meio de um advogado, ao Boletim de Ocorrência feito pela Hamburgueria na Delegacia de Crimes Cibernéticos de Goiânia. O diretor do Grupo Tecnoseg, que faz a gestão de segurança do condomínio Ivan Hermano, acredita em um possível trote.
“Essa pessoa infelizmente passou um trote em todos nós e no aplicativo pedindo que a entrega fosse feita dentro de um local onde ela não estava e não reside. E soubemos disso a partir do documento que a Polícia Civil nos passou informando o nome e o CPF dessa pessoa para que nós averiguamos se seria moradora ou não”, pontua.
Questionado sobre a possibilidade de ser algum visitante, Ivan descartou a hipótese.
“Mesmo se fosse visitante teria o registro do nome dessa pessoa lá, e nem como visitante, nem como prestadora de serviço, nem como moradora há o registro dessa pessoa.” Ivan ressaltou que nenhum funcionário do Aldeia do Vale impediu a entrada do motoqueiro no prédio por conta da cor de sua pele. “Quando o entregador chegou, ele não tinha o endereço completo, o pessoal da segurança não permitiu que ele acessasse, pois não tinha o endereço e nem o nome da pessoa batia com o nome de alguém, foi quando ele informou a hamburgueria e o pessoal da lanchonete que tentou entrar em contato com essa pessoa que fez o pedido e foi nesse momento que houve a injúria criminosa que está sendo apurada.”
O síndico do Condomínio, Sérgio Cecílio também pontuou que não houve por parte da equipe que trabalha no Aldeia do Vale nenhum ato de discriminação em torno do motoqueiro.
“Mas isso é com a Delegacia, que deverá fazer toda a investigação. Já fornecemos todos os materiais para eles, para saber de onde foi a origem disso”. Sérgio destacou se caso a pessoa que fez os ataques fosse morador, ela deveria estar presa. “Não foi morador daqui e se fosse, a Policia tinha que intimar e levar a delegacia, prender e fazer o inquérito e ponto final. Racismo é crime”, destaca.
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