quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Reprodução/Redes Sociais
No dia 5 de março desse ano, duas goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía tiveram o sonho de viajar pela Europa destruído após serem presas por tráfico internacional de drogas, horas antes de desembarcarem em Berlim, capital da Alemanha.
A Polícia Federal de Goiás iniciou operação para descobrir o que aconteceu com as malas despachadas em Goiânia que não chegaram ao país europeu, após a prisão do casal em Frankfurt, última conexão que faria antes de Berlim.
A polícia aprendeu no bagageiro do casal, em Frankfurt, duas malas com 20 kg de cocaína cada, etiqueta das com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão ocorreu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.
O que se sabe sobre o caso?
O casal Jeanne e Kátyna foi preso no aeroporto de Frankfurt no dia 5 de março de 2023. Ambas negaram serem donas das bagagens.
O casal esperava a troca de avião na fila de embarque quando foram abordadas pela polícia.
A polícia alemã encontrou indícios de tráfico internacional e encaminhou as mulheres para um presídio feminino da cidade.
O caso começou a ser investigado pela Polícia Federal de Goiás após a prisão do casal. Imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Santa Genoveva, mostraram duas malas sendo desembarcadas, sendo uma preta e uma branca.
Ambas as malas foram despachadas no aeroporto de Goiânia, porém no meio do caminho, no maior aeroporto do Brasil, o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.
As malas que chegaram em Frankfurt são marrom claro e escuro.
A Polícia Federal informou que, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega no destino final.
A investigação identificou no último dia 4, seis funcionários que trocavam as etiquetas das malas, aleatoriamente, para enviar cocaína para o exterior. Os funcionários foram presos em São Paulo.
Audiência de Custódia
Um mês após a prisão, no dia 5 de abril, o casal passou por uma audiência de custódia com o Judiciário de Frankfurt. Segundo o juiz, há indícios de que Jeanne e Kátyna sejam inocentes, porém que recebeu apenas a parte do inquérito aberto pela Polícia Federal, que trata somente das goianas.
Com isso, foi solicitado que todo o inquérito fosse enviado como os vídeos obtidos pela PF e informações sobre as prisões dos suspeitos para avaliar melhor o caso e soltá-las.
A Polícia Federal enviou a documentação no dia 7 de abril.
Irmã e advogada embarcam para Frankfurt
Nesta segunda-feira (10), a irmã da brasileira Kátyna Baía, embarcou à Frankfurt para dar suporte às duas. De acordo com Lorena Baía, o casal está isolado e sem visitas.
A irmã afirmou que foi acompanhada de uma advogada e da mãe de Jeanne, Valéria Paollini. Ela ressaltou que não vão despachar malas por medo do que houve com as duas.
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