sexta-feira, 04 de julho de 2025
Foto: Reprodução Polícia Civil
A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Antissequestro (GAS) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em ação conjunta com a Superintendência da Polícia Federal, prendeu na manhã desta quinta-feira (3) o homem apontado como mentor de um sequestro-relâmpago que teve como vítima um empresário de São Paulo. A prisão ocorreu no Aeroporto Internacional de Brasília, após articulação interestadual e internacional que frustrou a fuga do investigado para os Estados Unidos.
As investigações revelaram que o suspeito se passou por empresário influente e assessor parlamentar da Assembleia Legislativa de Goiás para atrair a vítima até Goiânia, sob o pretexto de uma reunião de negócios. O empresário foi convencido a se hospedar em um hotel no Setor Marista, região nobre da capital goiana.
No dia 27 de junho, a vítima foi levada por um dos comparsas do criminoso em um veículo Fiat Punto até o suposto local da reunião. Durante o trajeto, dois homens armados renderam o empresário — um deles estava escondido no porta-malas e outro entrou no carro em movimento. A vítima foi submetida a cárcere privado, agressões físicas e ameaças constantes, enquanto os criminosos tentavam realizar transferências bancárias de alto valor. Apesar das dificuldades operacionais, conseguiram subtrair R$ 6.813,28 via PIX.
Após o pagamento, o empresário foi abandonado em uma estrada vicinal nas margens da rodovia GO-147, sendo resgatado por um caminhoneiro que passava pela região. A Polícia Civil identificou o mentor como o responsável por toda a logística criminosa.
Durante o avanço das investigações, os comparsas foram localizados em uma zona rural de Davinópolis (GO). Eles reagiram à abordagem da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar, entraram em confronto armado e, mesmo socorridos, morreram no hospital.
O mentor do crime deixou o Brasil no dia 1º de julho, com destino à cidade de Miami, nos Estados Unidos. Com o apoio da Polícia Federal, a fuga foi frustrada, e ele foi reconduzido ao país. A prisão preventiva foi formalizada assim que ele desembarcou em Brasília. Após ser detido, o investigado foi exonerado da função que exercia na Assembleia Legislativa de Goiás.
As investigações continuam, com foco na identificação e prisão de um terceiro envolvido, cuja participação já foi parcialmente confirmada.
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