quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta época do ano, o goiano começa ter um sabor e aroma muito caracteístico do estado, o bom e velho Pequi entra para as receitas e culinária de Goiás. Entretanto este ano começamos a "estação do símbolo da cultura goiana" com alerta e preocupação do governo. Isso porque a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), do governo de Goiás, está pedindo atenção aos produtores de pequi quanto à suas árvores e frutos por conta de uma praga que aparece na região.
Segundo as informações até o momento a praga seria por conta de lagarta de broca-do-tronco que pode provocar a morte das árvores e consequentemente do fruto. A Emater já iniciou uma investigação para identificar os mecanismos biológicos da lagarta responsável pelo ataque, a fim de buscar formas de combate ao problema. Os primeiros registros em quantidades significativas de broca-do-tronco ocorreram há aproximadamente um ano e meio em uma região no norte de Minas Gerais, na cidade de Janpovar. Em Goiás, a ocorrência já foi detectada em quatro municípios da região nordeste: Sítio D’Abadia, Damianópolis, Mambaí e Buritinópolis.
— Jornal Somos (@JornalSomos) October 23, 2020
A broca-do-tronco ataca o tronco e as raízes do pequizeiro, construindo galerias em seu interior, fazendo com que o fluxo da seiva seja interrompido e dificultando a absorção de nutrientes pela planta. A praga pode colocar em risco a produção de pequi no Estado, que é o terceiro maior produtor do fruto no país, com registro de 2.338 toneladas em 2019, conforme o relatório Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valor de produção, Goiás fica em segundo lugar, tendo movimentado R$ 3,3 milhões na economia por meio da cadeia produtiva de pequi.
Segundo a pesquisadora do Laboratório de Entomologia e Controle Biológico da Emater, Karin Collier, o trabalho da Emater goiana será dividido em três eixos, executados simultaneamente. O primeiro é o monitoramento, cujo propósito é mapear a ocorrência da praga em Goiás. O segundo eixo consiste em conhecer o ciclo de vida do inseto, processo conduzido por meio de sua criação em laboratório. Já o terceiro fundamenta-se na elaboração de alternativas para a recuperação dos pequizeiros atacados.
Neste momento a Emater/GO orienta, os agricultores a observar as plantações e se acontecer de a praga aparecer na propriedade, comunicarem com a Estação Experimental Nativas do Cerrado que pode ser pelos números de telefones 62 3203-5969 ou 63 9966-0778.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.