sábado, 20 de abril de 2024

Goiás

Emater celebra reta final de concessão da Indicação Geográfica ao queijo cabacinha

POR Jornal Somos | 24/01/2022
Emater celebra reta final de concessão da Indicação Geográfica ao queijo cabacinha

Foto: Nivaldo Ferr/Emater

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O queijo cabacinha está prestes a receber o selo de Indicação Geográfica (IG), graças à atuação do Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável por conferir o registro. O trabalho já se encontra em fase de conclusão e representa um avanço econômico para os agricultores familiares que fabricam o alimento.

 

 

O cabacinha é um dos queijos com maior destaque em Goiás, sendo produzido por mais de 500 agricultores familiares. Isso porque a muçarela de origem italiana virou tradição e faz parte da cultura de diversos municípios do Sudoeste goiano, como Mineiros, Santa Rita do Araguaia, Portelândia, Doverlândia e Perolândia.

 

 

Desde janeiro de 2021, o queijo cabacinha é reconhecido como Patrimônio Cultural de Goiás, de acordo com a sanção da Lei nº 20.963 pelo governador Ronaldo Caiado. O reconhecimento é um importante passo para a obtenção do selo de Identificação Geográfica (IG), conferido pelo Ministério da Agricultura a produtos ou serviços que carregam características únicas graças a seu local de origem.

 

 

O trabalho para a obtenção do selo é realizado desde 2011 e, segundo Márcia Maria de Paula, engenheira agrônoma da Emater que coordena a busca pela Identificação Geográfica do queijo, o último passo é submeter a documentação ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para ver se é necessário algum ajuste. 

 

 

O selo traz diversos benefícios para os produtores, já que oferece ao produto um certificado de origem, diferenciando-o dos demais, melhorando seu acesso ao mercado e impulsionando o desenvolvimento regional. No caso do queijo cabacinha, produzido na região das nascentes do Rio Araguaia, a comercialização é potencializada também pelo turismo, explica Márcia.

 

“Para o produtor é ótimo porque ele sai daquelas queijarias muitas vezes no anonimato e passa a constituir uma agroindústria, com um serviço de inspeção sanitária. Os filhos também vão ajudar os pais e um processo de sucessão acaba acontecendo. Para o consumidor é maravilhoso porque ele compra um produto que a gente sabe da origem e a importância dele”.

 

 

Maria Miriam da Silva, produtora do município de Santa Rita do Araguaia, trabalha na fabricação de queijo e manteiga ao lado do marido, produzindo cabacinha há 5 anos. “A gente produz o queijo cabacinha, queijo trança e o nozinho, mas o cabacinha é o que a gente mais vende, é o mais procurado. Por dia, nós chegamos a fazer 25 peças“, conta. 

 

 

De acordo com Miriam, depois de se tornar Patrimônio Cultural, a divulgação do queijo aumentou, impulsionando as vendas. Por isso, há grande expectativa pelo registro de Indicação Geográfica.

 

 

 

(Fonte: Governo de Goiás/Emater)

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