quarta-feira, 03 de julho de 2024

DPE recomenda suspensão de cursos de tiros para crianças em clubes esportivos de Goiás

POR Thaynara Morais | 20/04/2023
DPE recomenda suspensão de cursos de tiros para crianças em clubes esportivos de Goiás

Divulgação

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Foi recomendada pela Defensoria Pública do Estado (DPE) a suspensão dos cursos de tiros para crianças em todos os clubes esportivos de Goiás. Em Jataí, o Clube de Caça e Tiro Hunter foi alvo de críticas ao publicar fotos de crianças segurando airsoft’s. Ainda é recomendado pela DPE, que as redes sociais intensifiquem o monitoramento de publicações que incentivem a violência.

 

 

O DPE afirma no documento que a prática deve ser suspensa mesmo que os cursos sejam com armas de pressão ou simulacros. O documento é assinado pelo defensor público-geral Allan Montoni Joos e pela Coordenadora do Grupo de Trabalho de enfrentamento de violência nas escolas, Bruna Nascimento Xavier.

 

 

“Recomenda-se que os clubes de tiro esportivo do Estado de Goiás cessem imediatamente qualquer atividade, ainda que com arma de pressão ou simulacros, relacionada à prática por crianças e adolescentes, de modo que a persistência em tais atividades ensejarão as responsabilidades civis e criminais aos envolvidos”, escreve o documento da DPE.

 

 

O curso mirim foi cancelado pelo Clube de Caça e Tiro Hunter após recomendação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Ainda foi determinado pelo órgão que a instituição publicasse em suas redes sociais sobre o cancelamento do “Projeto Hunter Atirador Mirim” e que não realizasse nenhuma outra atividade de tiro desportivo com crianças e adolescentes menores de 14 anos.

 

 

“Reiteramos novamente nosso repúdio a qualquer forma de violência e ódio, especialmente aqueles que ocorrem nas escolas”, escreveram em nota. Além disso, publicaram uma nota de repúdio da Associação Nacional Movimento Pró Armas (AMPA).

 

 

“Observa-se que não existe no ordenamento penal brasileiro o crime de ensinar o filho a atirar e/ou frequentar clube de tiro. Repudiamos qualquer tipo de argumentação tendenciosa que induz a sociedade a achar que a prática do airsoft estimula a violência e/ou o ódio”, escreveu o Coordenador e Diretor Jurídica Estadual da AMPA, Julio Cesar Aun da Cunha.

 

 

 

Redes sociais

 

A DPE também recomenda que as redes sociais criem uma equipe para intensificar o monitoramento e a moderação de publicações que incentivem a prática de violências. “Em especial Discord, Twitter, TikTok, Telegram e WhatsApp devem informar os usuários às autoridades competentes para início de investigação”, descreve a recomendação.

 

 

Também é recomendado pelo órgão que a imprensa não divulgue nomes, fotos, manifestos e o modus operandi de crimes e ataques em escolas para evitar o efeito contágio. As denúncias de ameaças, segundo a DPE, devem ser feitas nos canais oficiais para evitar informações falsas.

 

 

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