Pelo Dia Internacional da Mulher o JORNAL SOMOS procurou a delegada da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, Cybelle Silva Tristão para falar com a gente sobre o que significa ser uma mulher poderosa, pessoal e profissionalmente, na sociedade contemporânea.

Sabemos que em vários setores da sociedade as gestões ainda são ocupadas por homens. Já temos mulheres no comando, mas a maioria é de homens. Cybelle diz que nunca se inibiu por isso. “Devemos sempre buscar nosso espaço, mostrando nossa capacidade e nossa competência. Temos que enfrentar de cabeça erguida”, aconselha. Cybelle comenta que mesmo que o mercado de trabalho ainda diferencie homens e mulheres, atualmente a mulher já conquistou muito mais espaço e posições de comando.

A delegada diz que não apenas na vida profissional, mas também na vida pessoal, a mulher deve acreditar em si, que é capaz e tem condições sim de conquistar espaços de igualdade. “Podemos ser tão boas quanto ou até melhores que homens em determinadas funções”, diz, “Por exemplo, a mulher tem sensibilidade e muito senso de justiça, uma carga de emoções maior que influencia no trabalho de forma positiva”.

Cybelle também já foi responsável pelo comando da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Segundo ela, as causas de violência se resumem ao machismo. “Todas as reações analisadas nas condutas criminosas de agressores e relatos de vítimas mostram que o machismo está ali”, explica.

Perguntamos a Cybelle como ela se homenagearia neste dia se pudesse. Ela nos disse que esta é uma pergunta difícil de se responder, mas que tem orgulho de ter encarado a vida de frente, os obstáculos que vieram e foram superados, e os que sempre vem, mas que ela continua a enfrentar. “Me daria um prêmio de superação sempre, pois procuro me apegar às coisas boas que me acontecem, levar a vida pra frente e acreditar que tudo é possível”, afirma.

Cybelle acrescenta que o Dia Internacional da Mulher é um marco histórico, apesar de ser marcado por violência. A delegada também afirmou estar impressionada com os números de violência contra a mulher registrados recentemente. “Conclamo a todas as mulheres a não se calar, a denunciar, aos que conhecem a situação de vítimas, dêem apoio. Precisamos de ajuda e união. E o não ao silêncio que é o mais importante”, conclui.