quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Reprodução
O delegado Rafhael Neris Barboza, que foi afastado de suas funções em setembro de 2020, acusado de praticar desvio, apropriação indevida e doação de itens apreendidos durante ações policiais, perdeu o cargo após decisão da Justiça. O caso aconteceu na Delegacia de Polícia Civil de Uruaçu.
Nas alegações, testemunhas relatam que o delegado teria se apropriado indevidamente de cinco celulares, um refrigerador e uma televisão de 32 polegadas, em 2019.
A decisão do juiz Liciomar Fernandes da Silva, que concedeu ao reú o direito de apelar por liberdade, diz que Rafhael Neris cometeu dois delitos de peculato-desvio consumado, ocasionando prejuízos ao erário e manchando a reputação do serviço público.
Em defesa, o delegado argumentou que encontrou os celulares abandonados cujos proprietários eram desconhecidos, além de uma quantia em dinheiro em espécie de cinquenta e dois mil reais, na sua sala, sem que ninguém soubesse a origem.
Rafhael também contou que ao asumir o comando, ficou surpreso com estado da delegacia, onde estava desordenado, com muito lixo espalhado, forte odor de maconha impregnada em uma sala e falta de horários estabelecidos. Assim, alegou que as suas ações tinham o objetivo de reorganizar o local.
O delegado também ficou conhecido na cidade de Uruaçu, por ter reformado o edifício da delegacia, por conta própria, investindo cerca de R$15 mil.
As investigações começaram após Rafhael ser transferido para jurisdição de São Miguel do Araguaia, substituindo o delegado Fernando Martins, que assumiu o posto em Uruaçu. Fernando Martins realizou um inventário para catalogar os móveis, equipamentos e objetos apreendidos pelos policiais, e a partir daí desencadeou o inquérito que passou a tramitar na delegacia de Uruaçu, descobrindo que Rafhael havia feito doações de objetos apreendidos.
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