quinta-feira, 03 de outubro de 2024

Delegada que atirou em suspeito de abusar da própria filha, ingressou na polícia depois do assassinato do pai

POR Ludmilla Menezes | 30/09/2024
Delegada que atirou em suspeito de abusar da própria filha, ingressou na polícia depois do assassinato do pai

Imagem: reprodução/redes sociais

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A delegada Aline Lopes, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis–GO, precisou disparar contra um homem suspeito de estuprar a própria filha. A ação foi necessária para conter o homem, que estava ameaçando uma testemunha e tentando impedir que ela pegasse documentos necessários para registrar a denúncia.

 

Segundo Aline, o Conselho Tutelar estava na delegacia registrando a denúncia de abuso sexual, acompanhados da adolescente de 14 anos, da mãe dela e de uma testemunha. Enquanto o registro era feito, o pai da menina, suspeito do crime, tentou arrastar a adolescente para fora da delegacia à força.

 

A delegada explicou que, em sua ausência, uma policial interveio e conseguiu retirar a adolescente dos braços do pai, levando-a para outra sala. Ao chegar à frente da delegacia, Aline se deparou com o homem na praça. Pouco depois, a testemunha que denunciava o caso precisou ir até o carro buscar documentos e, temendo pela segurança dela, Aline a acompanhou.

 

A delegada contou que, ao ver a testemunha, o homem se aproximou rapidamente, mesmo após ser advertido para manter distância. “Ele continuou caminhando em nossa direção. Quando chegou muito perto, disse para eu atirar nele e seguiu em direção à testemunha. Depois de muitas tentativas de diálogo, realizei um disparo na perna dele para evitar que ele nos agredisse. O socorro foi acionado e a Corregedoria da Polícia Civil também”, afirmou Aline. A delegada explicou que agiu em legítima defesa.

 

Em entrevista para o g1, ela contou que decidiu ser tornar policial após o assassinato do pai quando ela tinha 8 anos. Aline ingressou na Polícia Civil de Goiás (PC-GO) em 2014 como escrivã e atua como delegada desde 2019, após ser aprovada em concurso público.“Isso impactou minha escolha por um curso e uma profissão que me permitissem atuar em defesa de pessoas que sofreram o que eu e minha família sofremos”, contou Aline.

 

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