sábado, 29 de junho de 2024

Goiás

Defesa de João Teixeira insiste em pedido de liberdade após novos depoimentos

POR Jornal Somos | 27/12/2018
Defesa de João Teixeira insiste em pedido de liberdade após novos depoimentos
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação defendendo que o médium João Teixeira, conhecido como João de Deus, deve continuar preso. Para ela, a concessão de um habeas corpus suprime a duas instâncias do Judiciário, pois o pedido foi encaminhado diretamente a Corte, ao ministro Dias Toffoli. O mérito nem foi analisado pelo Tribunal de Justiça de Goiás ou pelo Superior Tribunal de Justiça.

 

 

A defesa de João espera que o STF aprecie o pedido após o STJ e o TJ-GO terem negado os pedidos de decisão provisória para que o acusado respondesse ao inquérito em casa, com o uso de tornozeleira eletrônica se preciso. Raquel Dodge também afirmou que defende a manutenção da prisão preventiva, pois a conduta do médium aparenta risco de fuga e intenção de não colaborar com as investigações. A procuradora diz que manter a prisão é evitar mais crimes, proteger as vítimas e impedir uma possível fuga.

 

 

Em depoimento ao Ministério Público na última quarta-feira (26) o médium disse ter disfunção erétil, problema ocasionado após o tratamento de um câncer no estômago no ano passado. Na última semana o juiz da Comarca de Abadiânia acatou outro pedido de prisão preventiva contra João, dessa vez por posse ilegal de arma. A defesa do acusado justifica que a prisão apresenta risco para a saúde do médium. Alex Neder, um de seus advogados diz que caso o habeas corpus seja negado a defesa entrará com pedido de prisão domiciliar.

 

 

A esposa de João, Ana Keyla Teixeira, também deu depoimento nesta semana e informou estar surpresa com as acusações, afirmou que acredita na inocência do marido e se mostrou preocupada com a saúde dele. Ela também negou saber de porões, cofres, armas e dinheiro escondido em sua casa. A polícia deve ouvir João de Deus novamente, mas ainda sem data marcada. A justiça quer saber a origem do R$ 1,6 milhão encontrado escondido nos endereços relacionados ao médium.

 

 

A atriz Cláudia Abreu que freqüentou a casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium realizava seus atendimentos, se posicionou sobre o assunto em sua conta no Instagram: “Lá ficávamos todos vulneráveis. Ao mesmo tempo, isso me obrigava a legitimar alguém que eu mal conhecia. Refletindo sobre esse meu desconforto, pensei nas inúmeras mulheres fragilizadas que foram convidadas a ir pra uma sala fechada e também foram obrigadas a fazer algo que não queriam”, escreveu.

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