domingo, 24 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, esteve na sede do Ministério Público de Goiás na tarde desta quinta feira (21) para reunir-se com os integrantes da instituição que estão a frente da força-tarefa que apura as denúncias de abuso sexual praticadas por João Teixeira de Faria, o João de Deus. Na reunião a ministra destacou o bom trabalho do MP e propôs a abertura de um debate sobre medidas de prevenção a casos de abuso, em especial os praticados por líderes religiosos, além de mais rigor na punição do culpado.
Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Luciano Meireles, há relatos de abuso de João desde 1973, e na última década foram ao menos 113 casos. De 1973 a 2018 foram recebidos um total de 310 relatos de abusos, e desses, 218 foram formalizados perante o Ministério Público de Goiás. Quanto a idade das vítimas, o levantamento mostra que houve pelo menos 15 casos de meninas abusadas que tinham menos de 13 anos de idade. A maioria das vítimas tem entre 18 e 30 anos.
Em continuidade ao detalhamento da atuação do MP, o promotor Augusto César informou que, tendo em vista a relevância social do caso, entendeu-se pela necessidade de requerer a reparação dos danos morais coletivos e do dano social. Assim, foi proposta hoje (21) uma ação civil pública contra João Teixeira de Faria, na qual é pedido o pagamento de indenização no valor de R$ 20 milhões.
Segundo sustentou, este valor deverá ser depositado em um fundo específico, a ser destinado a projetos locais, regionais e nacionais de prevenção à violência sexual contra mulheres, bem como à proteção e amparo das vítimas desse tipo de agressão. “O pedido visa garantir acesso à Justiça a estas vítimas e proteção integral a elas”, ponderou.
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