quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Polícia Civil de Goiás deu início a um processo de abertura do Grupo Especializado no Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (GEACRI-GO), que deverá ser oficialmente implantado no início do mês de julho deste ano. A assinatura da portaria de criação deste grupo foi feita pelo Delegado-Geral da Polícia Civil, Alexandre Lourenço, e ocorreu nesta quinta-feira (17), junto aos membros do Conselho Superior da Polícia Civil.
A criação do GEACRI em território goiano segue o exemplo de outras capitais do país, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, e considera o crescimento nos crimes de ódio realizados no Brasil e a necessidade de colocar em prática uma política de segurança mais humanizada que seja direcionada às minorias.
A atuação da nova unidade será não apenas no âmbito criminal, mas também no aspecto preventivo, com a conscientização da população, bem como com o resgate da cidadania das vítimas de racismo, discriminação e intolerância, seja por cor, etnia, religião, condição, orientação sexual ou identidade de gênero.
“Essa Unidade Especializada demonstra que nos preocupamos com a maioria e também com todas as minorias. Não estamos preocupados em tratarmos negros e comunidade LGBTQIA+ de forma diferente, pelo contrário, estamos criando essa Unidade exatamente para que as minorias recebam o mesmo tratamento que a maioria. Não estamos excluindo, estamos incluindo, não queremos um tratamento especial, mas um tratamento igual”, explicou o delegado Joaquim Adorno, que faz parte do grupo que elaborou a proposta de criação do GEACRI.
A instalação do grupo ocorrerá em anexo à Escola Superior de Polícia Civil, como forma de intensificar o compromisso da PC-GO em efetuar uma formação com foco no reconhecimento e respeito às diferenças. “Sempre me chocou a forma com que o poder público trata as minorias e os comportamentos fora do que se estabelece como padrão. Por isso, tentamos trazer para o âmbito formativo dentro das academias um olhar que pudesse propiciar ao policial a prática da empatia. Todo o policial que queira fazer parte da PCGO precisa entender, desde seu primeiro dia, que a lei não tem grades de filtragem e se aplica genericamente e efetivamente, independentemente da cor, credo e expressão. Só assim ele estará pronto para atender a sociedade”, afirmou o delegado Alexandre Lourenço.
(Com informações da Polícia Civil de Goiás)
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