quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) vem a público reforçar o alerta contra a automedicação e o compromisso com a manutenção da saúde da sociedade. Neste momento, em meio à pandemia do novo coronavírus, mais do que nunca, é importante que a população não se automedique e não acredite em receitas milagrosas. "Não existe cura para a covid-19 e o uso de qualquer medicamento deve ser feito apenas sob prescrição médica e orientação de um farmacêutico", explica o diretor secretário do CRF-GO, Daniel Jesus, que é professor e mestre em farmacologia.
O CRF-GO entende que a população goiana vive um tempo de apreensão e de muitas incertezas, já que o vírus Sars-Cov-2 é novo e assola o mundo inteiro. Cientistas, indústrias e países de toda a parte da Terra trabalham para encontrar uma vacina e um tratamento mais efetivo para a doença. A melhor maneira de se evitar o contágio da doença, entretanto, ainda é o distanciamento social, a higienização frequente das mãos com água e sabão, o uso de máscara e de álcool em gel.
Diante dos estudos científicos, não há qualquer medicamento capaz de prevenir o novo coronavírus ou sequer um kit que reúna preventivos à doença. Existem sim fármacos capazes de tratar sintomas e controlar o avanço da doença, mas devem ser prescritos por um médico, após diagnóstico, avaliação e acompanhamento individual, pois a doença evolui de forma diferente para cada paciente.
— Jornal Somos (@JornalSomos) July 8, 2020
O CRF-GO não recomenda o uso de invermectina para a prevenção da covid-19 e também adverte quanto aos riscos para pacientes em estágio grave da doença. A utilização da ivermectina quando há sinais de hiperinflamação pode acometer o Sistema Nervoso Central. O médico, assim, deve fazer uma rigorosa avaliação do risco-benefício antes de prescrever este medicamento, estando atento, principalmente, aos sinais e sintomas de alteração do estado mental e sensorial do paciente.
Desta forma, todos os profissionais de saúde devem ter conhecimento sobre os riscos neurotóxicos que a ivermectina pode ocasionar para, assim, oferecer informações completas e promover o monitoramento clínico adequado do paciente, a fim de identificar possíveis reações adversas e evitar a ocorrência de mais danos pelo novo coronavírus.
Além do mais, o Conselho de Farmácia se preocupa com a falsa sensação de segurança e proteção que o uso de invermectina pode causar à população, provocando um relaxamento das condições básicas e comprovadas de combate à pandemia.
Fonte: Comunicação do CRF-GO.
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