quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta quarta-feira (07/12), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) emitiu nota informando que não terá recursos para realizar o pagamento de mais de 200 mil bolsas destinadas a estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado, em todo o Brasil. Os depósitos deveriam ser feitos ainda hoje. Essa medida afeta aproximadamente 1,1 mil alunos que recebem bolsas em cursos de Mestrado e Doutorado da Universidade Federal de Goiás (UFG).
De acordo com o Sagres, estudantes organizam uma série de atos em Goiânia nesta quinta-feira (08). Também devem acontecer outras mobilizações semelhantes em várias partes do país. A Capes é vinculada ao Ministério da Educação e citou os bloqueios impostos pelo Ministério da Economia em nota e também o decreto que zerou totalmente a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro.
A instituição ainda informou pela nota que sem os recursos será impossível assegurar a regularidade do funcionamento institucional da coordenação, assim como impede o “tratamento digno à ciência e a seus pesquisadores”.
Atualmente, segundo o presidente da Associação de Pós-graduandas e Pós-graduandos da Universidade Federal de Goiás (APG-UFG), Léo Alves, à Sagres, são cerca de 1,1 mil bolsistas de cursos de pós-graduação que recebem o recurso. Para bolsa de Mestrado o valor é de R$ 1,5 mil mensais e para Doutorado, na ordem de R$ 2,1 mil.
“Os estudantes têm como único recursos a bolsa que está defasada há 9 anos. Há uma perda no poder de compra desta bolsa. Os estudantes não terão condições de continuar com pesquisas porque precisam se alimentar, buscar suas necessidades básicas continuadas”, relatou Léo Alves.
Outra preocupação também é relacionada à manutenção administrativa em relação à permanência dos estudantes nas universidades, pois são inviabilizadas pelo novo bloqueio. Não há verba para as contas de energia, água, para os salários dos trabalhadores terceirizados, para as bolsas e para os auxílios estudantis.
MPF instaura procedimento para acompanhar cenário de bloqueio de recursos
O Ministério Público Federal (MPF) foi buscado por representantes de universidades e institutos federais do RS a respeito do bloqueio de recursos e fala de repasses por parte do governo federal. O MPF instaurou então um procedimento para acompanhar o processo.
O caso é acompanhado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul (RS), Enrico Rodrigues de Freitas. Reitores de universidades e institutos federais se reuniram com o procurador e apresentaram dados sobre o assunto e as dificuldades causadas pela falta dos recursos. Freitas agora analisará as informações e as medidas possíveis de serem implementadas.
A audiência teve a participação dos reitores Júlio Xandro Heck, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Flávio Nunes, do Instituto Federal Sul-riograndense (IFSul) e Isabela Fernandes Andrade, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), além de Leandro Souza, pró-reitor de Administração da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A comitiva falou em nome de todos os reitores de instituições federais de ensino localizadas no Estado.
Mobilizações
Nesta quinta-feira (08/12), uma série de atos deve acontecer em diferentes lugares do país. Os integrantes de entidades estudantis pretendem se reunir em frente ao Ministério da Educação (MEC), às 16h em Brasília.
Em Goiânia, haverá mobilizações no Campus Samambaia, próximo ao Itatiaia, a partir das 8h30 no pátio da Humanidades II e no Campus Colemar Natal e Silva, no setor Leste Universitário, a partir das 14h30 na Faculdade de Educação. Marchas devem acontecer nas duas programações.
Também foi marcada uma Assembleia Extraordinária para esta quarta-feira (7), às 19h, na qual serão tratadas as mobilizações seguintes.
Hospitais Universitários
Na última segunda-feira (05/12), durante reunião com o grupo de transição do governo eleito, o Ministério da Educação já havia dito que também não irá conseguir pagar as bolsas de cerca de 14 mil médicos residentes que trabalham em hospitais universitários federais. Ou seja, o número de afetados pode ser ainda maior.
MPF instaura procedimento para acompanhar cenário de bloqueio de recursos
O Ministério Público Federal (MPF) foi buscado por representantes de universidades e institutos federais do RS a respeito do bloqueio de recursos e fala de repasses por parte do governo federal. O MPF instaurou então um procedimento para acompanhar o processo.
O caso é acompanhado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul (RS), Enrico Rodrigues de Freitas. Reitores de universidades e institutos federais se reuniram com o procurador e apresentaram dados sobre o assunto e as dificuldades causadas pela falta dos recursos. Freitas agora analisará as informações e as medidas possíveis de serem implementadas.
A audiência teve a participação dos reitores Júlio Xandro Heck, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Flávio Nunes, do Instituto Federal Sul-riograndense (IFSul) e Isabela Fernandes Andrade, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), além de Leandro Souza, pró-reitor de Administração da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A comitiva falou em nome de todos os reitores de instituições federais de ensino localizadas no Estado.
(Com informações da Sagres e GZH)
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