sexta-feira, 26 de abril de 2024

Goiás

Conheça GAJ, um grupo de apoio a autistas em Jataí

POR Jornal Somos | 14/06/2018
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Em comemoração à sanção da nova lei que obriga os estabelecimentos goianos à implantar o atendimento prioritário a portadores do autismo, conversamos com Lorena Prado sobre como foi que ela lidou ao descobrir que seu filho, João Pedro (11), é autista.

Em relato ao Jornal Somos, ela nos disse que desde os 3 meses de idade ela já notava comportamentos diferentes em seu filho, como não acompanhar os pais com o olhar e só levantar os bracinhos em um só movimento que mais tarde, descobriram ser as esteriotipias (ações repetitivas que fazem parte dos sintomas do autismo).

Então, a mesma, desde que o filho tinha 3 meses de idade, vivia procurando médicos, que não diagnosticaram o transtorno. Ela nos diz que passou 4 dias e 4 noites abatida, mas sacudiu a poeira e resolveu lutar pelo seu filho para que ele pudesse ter melhores condições e ser respeitado.

A vida dela mudou radicalmente, ela deixou os seus trabalhos para dedicar-se somente ao filho aprendendo que paciência e amor são os melhores remédios.

Atualmente, Lorena é a coordenadora do Grupo Autismo Jataí (GAJ), sendo referência no Brasil como grupo de apoio à famílias de indivíduos autistas. O grupo atende mais de 50 famílias em Jataí e mais de 1.000 nas redes sociais.

A ideia surgiu depois do diagnóstico, onde Lorena descobriu a dor de tantas mães e pais e resolveu criar novos caminhos e formas de lidar com a dor, direcionando-a a ajudar as outras famílias. Hoje o grupo já conta com mais de 1.200 membros.

Várias ações do grupo são realizadas no intuito de divulgar e conscientizar a problemática. Hoje o GAJ conta também com o projeto Grupo Amor e Esperança, no qual, são realizados encontros em todos os Sábados. É realizado um trabalho terapêutico com as crianças, jovens e adultos autistas, visando a sociabilização e interação.

E João Pedro? Hoje, cursa o sétimo ano de uma escola regular, é YouTuber mirim e participa ativamente das palestras e eventos que o grupo promove.

Casos como esse nos mostram que o autismo pode dificultar, mas não impede a vida em sociedade e nunca impediu João de ser um garoto inteligente e interativo.

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