quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: André Saddi
A arrecadação de R$ 500 milhões de reais pelo Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) em tão pouco tempo certamente representa um alívio para o governo de Goiás, mas também levanta algumas questões sobre a maneira como esses recursos estão sendo obtidos.
É compreensível que o governador tenha buscado reunir recursos para investir na infraestrutura do estado, principalmente nas rodovias, que são essenciais para o desenvolvimento econômico e social. Além disso, a expectativa de queda na arrecadação do ICMS justificava a busca por fontes alternativas de financiamento.
No entanto, a cobrança da taxa gerou resistência por parte dos setores atingidos, que viram seus custos aumentarem. Esses setores já enfrentam diversos desafios, como altos custos de produção e concorrência internacional, e a imposição de mais uma taxa certamente não é vista com bons olhos.
Apesar das críticas, o governo de Goiás anunciou as primeiras obras a serem executadas com os recursos do Fundeinfra, incluindo a duplicação da GO-174, a pavimentação da GO-401 e a pavimentação da GO-309. Essas obras são de extrema importância para melhorar a infraestrutura do estado e garantir estradas mais seguras e eficientes.
A taxa do agro pode ser vista como uma tentativa válida de angariar recursos para investimentos em infraestrutura, mas é necessário que esses recursos sejam aplicados de forma eficiente e transparente, especialmente nas rodovias que são conhecidas por apresentarem alto índice de acidentes, como a GO-174.
Ronaldo Caiado tem enfrentado dificuldades para se reconciliar com o setor agropecuário, que é fundamental para a economia de Goiás. Resta aguardar o desenrolar dos processos administrativos e o início efetivo das obras para que seja possível avaliar se os investimentos do Fundeinfra realmente trarão os benefícios esperados.
Em resumo, embora a criação da taxa do agro tenha gerado controvérsias e desgaste político para o governador, é fundamental que os recursos arrecadados sejam utilizados de forma eficiente e transparente para melhorar a infraestrutura do estado. Somente assim será possível avaliar se essa medida foi realmente benéfica para Goiás e para os setores atingidos.
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