A zona rural também enfrenta os mesmos problemas vistos nas cidades de Goiás, no que diz respeito a quedas constantes de energia. Tal situação é resultado de péssimos serviços prestados nos últimos anos por companhias que não deram conta do recado em melhorar a infraestrutura da distribuição no estado.

Em uma entrevista dada nesta quarta-feira (01) ao Papo Líder da Rádio Lider 95,3 FM, o superintendente da região sudoeste da Equatorial Energia, Adriano Coloni, falou sobre os investimentos que a empresa tem feito em Goiás. Ele apontou que a rede rural de energia da região é extensa e a prioridade é que o atendimento seja ágil. Entretanto, ele deixou escapar que na área rural, a Equatorial costuma lidar com mais de um problema na rede quando surge uma ocorrência.

Eu evoco aqui a conhecida frase de que o agro não para, mas quando isso acontece por motivo de forças extremas (queda de energia) o prejuízo é arrasador. Temos vistos relatos de produtores que jogaram fora parte da sua produção porque ela acabou estragando. Em Silvânia e Bela Vista de Goiás, pecuaristas descartaram cerca de 2 mil litros de leite após faltar energia em suas fazendas.

Mas a Equatorial não é a principal culpada disso e nem a Enel, que administrava a rede antes. Temos que nos atentar que, de 1955 a 2018, a principal controladora de energia foi o Estado de Goiás. Nestes 63 anos, a Companhia Energética de Goiás (CELG), que era pública e estava sob a gerência de vários governos eleitos, teve a oportunidade de melhorar a sua infraestrutura dando o bom exemplo ao país, oferecendo serviço de qualidade a população goiana. Hoje o que vemos é o resultado de décadas de uso político da CELG para favorecer um pequeno grupo que esteve no poder em benefício deles mesmos. Adivinha quem paga a conta de tudo isso no fim do mês?

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