quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Fonte: Ferreira et al
A cigarrinha do milho é uma praga que o produtor está bem familiarizado. No entanto, um surgimento de uma nova variante está causando preocupação para quem trabalha com culturas como o milho, Brachiaria, capim-elefante, entre outros. A Leptodelphax maculigera, também conhecida como a cigarrinha africana, foi identificada pela primeira vez no Brasil, mais especialmente em Goiás.
Por meio de amostras coletadas e estudadas pela Universidade Federal de Goiás, foi possível descobrir que a cigarrinha já está em circulação. Rio Grande do Sul e Paraná também teve registros da mesma cigarrinha por meio de um estudo semelhante. Originária da África, a cigarrinha africana possui presença em diversos países do continente, incluindo Costa do Marfim, Madagascar, Quênia, Camarões e as Ilhas Mascarenhas. Será que este novo tipo de praga é mais resistente que a tradicional cigarrinha do milho? Estamos preparados para enfrentá-la?
Sim, nós estamos e a forma de combate está no manejo que é feito atualmente com a cigarrinha ‘clássica’; de forma integrada e que combine várias estratégias. É o que recomenda o especialista técnico de campo e pesquisador Geraldo Gouveia.
Em um artigo publicado, ele recomenda as técnicas em que o produtor já está acostumado a aplicar na lavoura, como a rotação de culturas, redução da janela de semeadura, tratamento de sementes, indutores de tolerância e a escolha de híbridos resistentes à cigarrinha.
Ao utilizar estas estratégias bem conhecidas, a saúde das plantas é que sai ganhando e a dependência de pesticidas é reduzida, deixando o solo mais fértil com menos químicos, deixando a agricultura mais sustentável. O manejo eficaz garante uma agricultura sustentável.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.