quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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Muitos empresários, proprietários de estabelecimentos comerciais se utilizam de uma prática que não tinha valor jurídico, mas precisava ser questionado na justiça por faltar uma legislação que clareava a situação: a fixação de cartazes que diziam não ser o estabelecimento responsável por materiais roubados no interior do seu estabelecimento, inclusive estacionamentos privados.
Recebeu sanção do governador Ronaldo Caiado (UB) e está no Diário Oficial do Estado a Lei Estadual nº 22.220, originalmente projeto de lei nº 1828/20, de autoria do deputado Gustavo Sebba (PSDB), que proíbe, em Goiás, a afixação de cartazes que eximam de responsabilidade os proprietários de estabelecimentos privados por danos, furtos e roubos.
De acordo com a lei, o descumprimento dessa determinação deve ser comunicado ao Procon goiano e pode acarretar advertência e multas. A Súmula 130, do Supremo Tribunal Federal, estabelece que "a empresa responde, perante o cliente, pela reparação de danos ou furto de veículos ocorridos em seu estacionamento", afirma Gustavo, na justificativa da matéria.
A isenção de responsabilidade dos estacionamentos é um assunto já tratado em legislações e jurisprudências, de modo que o tema possui jurisprudência consolidada no sentido de que a empresa é responsável por qualquer dano, furto ou roubo causado ao veículo sob sua guarda, mencionando a súmula.
Além disso, o Código de Defesa do Consumidor também garante a responsabilidade da empresa, conforme disposto em seu artigo 25: "É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores." Este projeto visa proibir os avisos que isentam estabelecimentos de suas devidas responsabilidades civis, expondo o consumidor ao erro e desinformação", assinala o parlamentar. Muitos consumidores ao terem algum bem roubado no interior dos estabelecimentos não buscavam compensação por acreditar que o cartaz fixado no estabelecimento protegia o proprietário, o que não é verdadeiro. Bora todo mundo fazer valer seus direitos.
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