quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Sindicato Rural de Rio Verde
Quando estudamos a história do Brasil, ouvimos falar muito dos Bandeirantes e seu papel fundamental de desbravar o interior do país, mas há outros personagens que são fundamentais na manutenção da integração nacional décadas depois desse desbravamento e antes da atual malha rodoferroviária: os tropeiros, boiadeiros e muladeiros. Foram esses personagens que moldaram toda uma cultura muito forte em Goiás, o chamado “tropeirismo”.
A diferença de um para o outro é apenas o objetivo de suas viagens, boiadeiros e muladeiros levavam os respectivos animais entre a fazenda de origem e o local dos compradores. Já os tropeiros levavam cargas comerciais, seja em mulas ou jumentos de carga, seja em carros de bois. O modo como eles levavam a vida, porém, era bastante parecido.
Hoje temos muitas heranças que se adaptaram com o tempo, como a dança da Catira, as Queimas do Alho, locais de pouso que se tornaram cidades, vias tropeiras que se tornaram importantes rodovias e até a passagem de comitivas, que viraram desfiles de cavaleiros ou de carreiros. Comidas como arroz carreteiro, feijão gordo e paçoca de carne.
Há, porém, uma disparidade muito grande sobre o resgate das tradições tropeiras. Enquanto as comidas e as queimas do alho ainda estão “em alta”, parte da história desses viajantes (materializada em cidades e estradas) e demonstrações culturais como a Catira têm sido deixadas um pouco de lado pelas gerações mais novas.
Por mais que o mundo esteja em constante mudança e evolução, precisamos manter viva a memória de nossas tradições. Como dizem alguns estudiosos, um povo sem cultura é um povo sem identidade, sem história, e a cultura goiana é riquíssima em demonstrações de danças (a já citada Catira e as Congadas), religiosidades (o Fogaréu, as festas do Divino Pai Eterno, as Cavalhadas), literatura (nossa poetisa Cora Coralina e outros), gastronomia (também a clássica galinhada com pequi) e muito mais.
E você, qual dessas demonstrações culturais de Goiás já ouviu falar? Qual gostaria de saber mais aqui no Jornal Somos? Conta pra gente!
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