quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Goiás

Coluna Bento Junior: CAVALHADAS GOIANAS E A HERANÇA DA RECONQUISTA

POR Bento Júnior | 06/10/2023
Coluna Bento Junior: CAVALHADAS GOIANAS E A HERANÇA DA RECONQUISTA

Foto: Wildes Barbosa/O Popular

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Pra falar em Cavalhadas, temos que primeiro relembrar um pouco de história, pois à partir do século VIII o Reino das Astúrias inicia o processo que duraria até 1492, conhecido como a “Reconquista”, quando os cristãos, descendentes dos Romanos e dos Visigodos, tomam de volta pra si o que conhecemos hoje como Portugal e Espanha. Esse processo é tão importante para as nações que colonizaram as américas, que no Brasi especificamente se tem ainda uma festa para comemorar essa reconquista: as Cavalhadas.

 

Inspirados nessas heranças culturais de ibéricas, elas começaram a ser representadas no Brasil no século XVI. Em Goiás, o primeiro registro é de 1751, na cidade de Santa Luzia (hoje Luziânia). A festa une religiosidade e fé, cultura, turismo, economia e valorização do patrimônio imaterial do Estado, mobilizando moradores locais e visitantes.

 

Os festejos representam a luta entre os cavaleiros vestidos de azul (cristãos) ou vermelho (mouros), armados de lanças e espadas. A nobreza é representada por reis, príncipes, embaixadores, etc., todos muito bem fantasiados com roupas de época. Os outros personagens mascarados representam o povo. As encenações duram de dois a três dias, sendo que em cada um deles, há uma nova batalha. No final, os cristãos vencem os mouros, que se convertem ao cristianismo.

 

Apesar das mais famosas serem as de Pirenópolis, algumas outras cidades como Jaraguá, Luziânia, Posse e Crixás também integram o chamado “Circuito das Cavalhadas” que se encerra nos dias 13 e 14 de outubro na capital histórica do estado. A festa já acontecia tradicionalmente na Cidade de Goiás, enquanto antiga capital, à partir da primeira metade do séc. XVIII, porém, esta tradição foi suspensa no início do séc. XX e retomada cerca de 70 anos depois, em 2022, e segue agora em 2023.

 

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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