quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Fo Divulgação/Emater
Goiás registra 50 mil pessoas de todo o Brasil interessadas em mudas do pequi sem espinhos. A grande procura surpreende até os pesquisadores da Agência Técnica de Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (EMATER), que levaram 25 anos para desenvolver a variação do fruto.
Para receber exemplares do desejado ingrediente da culinária goiana, interessados tiveram que entrar numa lista de espera, a qual precisou ser suspensa diante da demanda 10 vezes maior que a quantidade de mudas disponíveis. Por isso, detalha a autarquia, a previsão é de que a entrega do pequi sem espinhos seja feita no prazo de um ano.
“Nós tivemos mais de 50 mil inscrições e pessoas de vários estados do país, deu até confusão. Muitas pessoas estão vindo até Goiás, também para conhecer mais sobre a pesquisa. Isso demonstra a importância do fruto para o nosso estado e para a nossa cultura”, explicou a coordenadora da pesquisa, Elainy Botelho.
Fruto criado em Goiás gera expectativas da lavoura as mesas
A novidade anima os apaixonados pelo fruto, mas ainda deve demorar para que o produto chegue às mesas do público. Isso porque as mudas estão sendo produzidas por cinco viveiristas do estado de Goiás, que foram selecionados para realizar a multiplicação das plantas e, somente depois, a comercialização.
No Viveiro JLN, em Santa Rita do Novo destino, as plantas estão em fase de desenvolvimento e devem começar a ser comercializadas em dezembro. A expectativa do viveirista é vender mais de 6 mil mudas. “As mudas ainda vão passar por enxertia, mas a procura já é muito grande. Centenas de pessoas, de várias cidades nos procuram pedindo as plantas e até mesmo o fruto”, explica José Carlos da Silva, dono do viveiro.
Além de fazer parte da culinária goiana, a grande procura pode ser explicada pela rentabilidade. Segundo o viveirista, as mudas devem ser vendidas por R$ 80, mas ele acredita que o valor pode subir.
De acordo com a Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), o estado é o quarto maior produtor do fruto no país. Só no ano passado, o estado produziu 4 mil toneladas do fruto e movimentou mais de R$ 5 mi.
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