sábado, 23 de novembro de 2024
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (29) a conclusão do caso da advogada suspeita de matar ex-sogro e a mãe dele envenenados, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a mulher matou o ex-sogro e a mãe dele pelo sentimento de rejeição e vontade de causar no ex-namorado o maior sofrimento possível.
O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, afirmou que Polícia Civil tem certeza quanto a autoria do crime e que Amanda ameaçava de morte os familiares de seu ex-namorado desde julho de 2023 por meio de perfis falsos em redes sociais, mensagens e ligações.
Amanda acreditava que o maior medo do ex-namorado era perder os familiares", disse o delegado. O delegado contou que, no dia que comprou o veneno, Amanda chegou a questionar o ex-namorado sobre o maior medo que ele sentia e perguntou se ele sentia mais medo de morrer ou de perder quem ama.
Segundo a Polícia Civil, Amanda Partata vai responder por duplo homicídio e tentativa de homicídio. Ao chegar à delegacia, no dia em que foi presa, a advogada negou ter cometido o crime. Na ocasião, conforme a polícia, ela fingiu passar mal durante o depoimento e ficou nervosa quando o delegado pediu o celular dela. Já no segundo interrogatório, ela ficou em silêncio e, de acordo com o investigador, não demostrou arrependimento.
Laudo da Polícia Científica
O laudo da Polícia Científica apontou que a substância usada para matar mãe e filho, Luzia Tereza Alves e Leonardo Pereira Alves, foi colocada em potes de doces, em Goiânia. Segundo a perícia, a substância ingerida pelas vítimas causou uma intoxicação por envenenamento.
A Polícia Científica disse ainda que dois potes estavam com a substância, que é considerada um veneno 'potente' e que foi usado em grande quantidade. Mesmo em pequenas doses, a substância é tóxica e letal, e não tem sabor nem odor, ou seja, não é possível ser percebida.
Desabafo
O médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex da advogada e filho de uma das vítimas, se pronunciou sobre o caso pela primeira vez na tarde de terça-feira (26), após prestar depoimento à polícia. Ao lamentar a morte do pai e da avó, ele disse nunca ter imaginado algo que justificasse "tamanha brutalidade".
"A gente nunca imaginava qualquer coisa que justificasse tamanha brutalidade. E a gente tá vivendo nosso luto. Tem sido muito difícil", desabafou o médico.
Prisão
Conforme a Polícia Civil, na manhã de domingo do dia 17 de dezembro, Amanda Partata foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e até bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia.
A suspeita foi presa temporariamente na noite de quarta-feira (20) e passou pela audiência na quinta (21). À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime. A Justiça negou o pedido de liberdade feito pelos advogados.
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