Caminhoneiros de Goiás planejam nova paralisação para a próxima segunda-feira (29). A motivação para o novo bloqueio se deve ao fato de que as empresas não estão pagando o piso mínimo do frete e os motoristas acreditam que isso seja uma falha da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que não vistoria a situação como deveria. Líderes da mobilização afirmam que o bloqueio só vai acabar quando for cumprido o pagamento do piso mínimo.

A paralisação em todas as estradas de Goiás pode afetar diretamente as cargas que vem do Sul através de São Paulo. Em Santa Catarina será realizada uma reunião entre os caminhoneiros para decidirem se entrarão no movimento ou não. O líder do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens (Sindicam) do Rio Grande do Sul acredita que a ideia de uma nova greve é boa, mas que a execução é complicada, já que os motoristas já possuem receio de exigir seus direitos.

Como as empresas oferecem um pagamento abaixo do piso mínimo, o caminhoneiro que se recusa a aceitar acaba marcado e não é contratado depois. Por isso eles se sentem com medo de exigirem diretamente e contam com o apoio da ANTT para fiscalizar e punir essas situações. A Agência está elaborando projetos de fiscalização e penalidades, e também uma tabela completa com os preços mínimos dos fretes. A que está em vigor foi feita às pressas para encerrar a greve de maio.

A Agência garante que tem trabalhado o mais rápido possível. Seu prazo para a entrega da tabela é até o dia 9 de novembro, e é por isso que já existem conversas entre os caminhoneiros para um bloqueio no dia 10. O grupo também tem esperanças no presidente que será eleito, esperam que quem quer que vença a eleição tome uma atitude que os ajude.