Na manhã desta quarta-feira (01), o governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou, em entrevista à rádios goianienses, que implementar a quarentena alternada em Goiás é um “grande desafio”, pois, segundo ele, vários prefeitos consideram que a Covid-19 não é uma doença “tão grave”, enquanto outros estão se preocupando mais com questões de apoio político.

“É um grande desafio. Você vincula um lado que é sempre aquela tese do prefeito achar que ainda tem gente que acha que o coronavírus é uma coisa que não é tão grave. Tem outros também muito mais com teses populistas e interesse nas campanhas eleitorais que preferem não tomar medidas mais duras porque acham que podem perder apoio político”, afirmou.

Além disso, o governador também declarou que “não existe sintonia” entre estados e governo federal quanto as medidas de combate à pandemia do novo coronavírus, mas que, por outro lado, nunca recebeu tantos recursos de apoio na contenção da doença.

“Pode parecer incoerente, mas, na verdade, fui parlamentar por seis mandados, deputado e senador, e posso dizer que não existe sintonia hoje entre a política nacional e a política dos estados e municípios. Isso provoca, indiscutivelmente, uma dificuldade de você conseguir implantar um note para que as pessoas entendam a gravidade do momento”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de decretar um lockdown no Estado, Caiado informou que descarta medidas mais duras. “Não temos estrutura capaz de implantar um lockdown. E eu não vejo o porquê. No primeiro decreto, nós atingimos, alguns falam 66%, outros dizem que chegamos a 70% de isolamento. Por que não ter essa mesma compreensão que existiu [antes]? (...) O importante é as pessoas entenderem que não tem queda de braço. O que estamos buscando é demonstrar que é uma tentativa com base científica para que a gente tenha uma junção entre aquilo que é a vida e a economia”, assegurou.