quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Ontem, quarta feira (27), após mais uma reunião entre representantes, o Centro de Operações de Emergências (COE) estadual de combate ao novo coronavírus definiu a indicação do mês de agosto para retorno das aulas presenciais de forma gradual e planejada. A sugestão da data é preliminar e pode ser revista dependendo do avanço da pandemia. Um grupo de trabalho com representantes de instituições de ensino e de órgãos públicos vão estudar formas de como realizar essa reabertura de maneira segura.
A categoria entretando demonstra preocupação com fatos como este já que são mais de 70 dias sem aula presencial em Goiás. A recomendação técnica da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) para que as atividades educacionais continuem suspensas até 30 de maio deve ser revista e o prazo estendido. Isso, segundo as indicações do COE que ainda devem passar pelo crivo dos secretários de educação e pelo governador Ronaldo Caiado (DEM).
Estudos de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) preveem que o pico de número de óbitos e necessidade de leitos em decorrência da Covid-19 em Goiás será nos meses de junho ou julho, segundo três cenários possíveis de isolamento social que foram calculados e apresentados esta semana através das mídias goianas. No entanto, essas previsões são refeitas periodicamente, pois podem variar. Uma das formas de decidir a forma de reabertura gradual das escolas e universidades é acompanhando a forma como estão agindo outros países, que já passaram do pico da pandemia. A SES-GO chegou a fazer um levantamento sobre a situação fora do país. Na maior parte dos locais onde já houve retomada das aulas, há redução da quantidade de estudantes nas salas e criação de regras rígidas de higiene. Alguns países começaram pelo retorno das aulas das crianças e bebês, porque seriam menos suscetíveis ao vírus. Outros começaram pelos adolescentes do ensino médio, porque teriam mais chances de entender e cumprir as novas regras de distanciamento.
O presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (SEE-GO), Flávio Roberto de Castro, defende que é preciso fazer uma reunião com os pais, antes do retorno das aulas, para explicar as novas regras do ambiente escolar e ganhar a confiança para que os estudantes retornem. “No primeiro momento, é preciso fazer a acolhida dos pais e aos alunos, tratando da questão da saúde mental dos estudantes”, avalia. Flávio, que também é presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe), avalia que há necessidade de identificar os profissionais de Educação que fazem parte do grupo de risco, por ter doenças crônicas e mais de 60 anos. Esses profissionais devem continuar a dar aulas a distância.
Já o ensino superior pede retorno de atividades práticas. As universidades privadas de Goiás querem permissão para retomar aulas com atividades práticas. O objetivo é garantir a formatura de estudantes que estão próximos de concluir seus cursos. Alguns cursos, como Engenharia e Psicologia, só podem ser concluídos com uma quantidade mínima de aulas práticas, segundo regramentos do Ministério da Educação (MEC). No caso dos cursos da área de Saúde, já houve uma permissão dessas práticas, com a contratação de estagiários, por exemplo. Na tarde de ontem, quarta feira (27), representantes de universidades privadas participaram de uma reunião do COE estadual de combate ao novo coronavírus com a demanda da liberação de aulas práticas. Eles defenderam que são poucos estudantes em cada uma das aulas e que haverá cuidado extremo para garantir a higiene e o distanciamento social. Os representantes das universidades privadas vão elaborar um documento, com dados mais precisos sobre como as atividades vão ocorrer e quantos estudantes vão participar, para que seja avaliada a possibilidade de uma flexibilização do decreto de isolamento.
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