quinta-feira, 28 de março de 2024

Após quase 10 anos, julgamento de acusados de matar radialista goiano começa nesta segunda-feira (13)

POR | 13/06/2022
Após quase 10 anos, julgamento de acusados de matar radialista goiano começa nesta segunda-feira (13)

Imagem: Reprodução

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Nesta segunda-feira (13/96), começou na manhã de hoje, o júri popular que vai julgar os cinco acusados do assassinato do radialista Valério Luiz.

 

 

O crime aconteceu há quase 10 anos, em julho de 2012. Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, quando saía da rádio em que trabalhava. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, à época, o assassinato foi motivado pelas críticas constantes de Valério à diretoria do Atlético Goianiense, da qual Maurício Sampaio, um dos réus, era vice-diretor. Atualmente, ele é vice-presidente do Conselho de Administração.

 

 

Além de Maurício que é apontado como mandante, são réus do caso: Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueiredo para cometer o homicídio contra o radialista; Ademá Figueiredo Aguiar Filho, apontado como autor dos disparos que mataram Valério; Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria ajudado os demais a planejar o homicídio do radialista; e Djalma Gomes da Silva, que teria ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações.

 

 

O julgamento ainda recebe uma atenção extra por ter sido adiado três vezes anteriormente. O juiz Lourival Machado vai presidir o julgamento, que deve contar com 30 testemunhas e pode durar três dias. Ele já era o juiz nos três adiamentos anteriores. A primeira vez foi em junho de 2020, quando foi desmarcado por causa da pandemia.

 

 

Depois, o magistrado remarcou o júri para 14 de março deste ano. Ele não aconteceu porque o advogado de Maurício Sampaio deixou a defesa em cima da hora. O terceiro adiamento aconteceu em 02 de maio deste ano. Desta vez, os advogados de Maurício abandonaram o plenário alegando que o juiz Lourival Machado não era imparcial para presidir a sessão.

 

 

Quanto as afirmativas feitas pelas defesas, em nome de Maurício Sampaio, o advogado Luiz Carlos da Silva Neto, que o representa, alegou em 2 de maio deste ano, quando o julgamento foi remarcado por ele abandonar o plenário, que o juiz tem inimizades com o réu, tendo ligação com um escritório que processou o acusado em uma causa. Já o Thales Jayme, que representa Urbano, Ademá e Djalma, disse que espera que o julgamento aconteça sem mais adiamentos. “Queremos que esse caso seja julgado. O processo é relativamente bom para a defesa, a falta de provas é gritante”, afirmou. E finalmente, Marcus Vinícius que é representado pelo advogado Rubens Alvarenga Dias disse que não vai comentar o caso.

 

 

JORNALISTMO

 

 

Além dos familirares que tem sido representados pelas manifestações do irmão da vítima deste caso. Algumas entidades da comunicação também manisfetaram sobre o assunto. Entre elas, um destaque para a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e mais seis organizações ligadas à defesa da liberdade de expressão e de imprensa que divulgaram uma nota conjunta para pedir justiça pelo assassinato do radialista Valério Luiz de Oliveira.

 

 

Na nota, as organizações enfatizam que “as violações contra comunicadores representam violações ao direito fundamental e humano à liberdade de expressão; e a impunidade, nesse sentido, figura como meio de silenciamento”. Além disso, afirmam a necessidade de que o julgamento do homicídio finalmente aconteça para que “possa trazer justiça à família da vítima e representar um marco no combate à impunidade em crimes contra comunicadores no país”.

 

(Com informações do G1 e Metrópole)

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