A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou o ranking das piores distribuidoras do País em que são tratados indicadores da prestação de serviço. Entre elesexiste o de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) que é um índice da  Aneel que estabelece um limite 13,44 horas. E ainda, o teto estabelecido para o indicador de frequência das quedas. A partir destes, é divulgado o ranking de continuidade do fornecimento de energia elétrica como resultado de avaliação da agência reguladora em todas as concessionárias de janeiro a dezembro de 2019. Nele estão 29 empresas. 

A Enel Goiás ficou em segundo lugar entre as piores empresas. A única pior avaliada do que a goiana foi a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEE-D), do Rio Grande do Sul. Entre as melhores classificadas estão a Companhia Jaguari de Energia (CPFL Santa Cruz) de São Paulo, seguida por Centrais Elétricas do Pará (Equatorial PA) e Energisa Minas Gerais (EMG), empatadas em segundo lugar no ranking de 2019. O grupo Enel no Brasil apareceu em peso nas últimas posições. Entre as piores, aparecem, junto com a Enel Goiás (28ª), a Enel Rio de Janeiro (27ª) e a Enel Ceará (26ª) – que recuou 18 posições em comparação a 2018. Somente a Enel São Paulo (15ª) está com uma avaliação melhor.

A Enel que faz parte do grupo de grande porte, que reúne aquelas que atendem mais de 400 mil unidades consumidoras, ficou nesta posição após ultrapassar o limite de DEC em quase dez horas, alcançando 23,07 horas/segundo de média sem energia, além de transgredir também o teto. A empresa aparece pelo oitavo ano consecutivo entre as piores distribuidoras do País em ranking da Aneel.

Em resposta, a Enel enviou nota sobre o assunto. Leía na íntegra:

Com relação ao ranking de continuidade do serviço divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), relativo ao ano de 2019, a Enel Distribuição Goiás esclarece que registrou melhoria no Desempenho Global de Continuidade (DGC), indicador utilizado no ranking da agência reguladora, na comparação com o ano anterior. A companhia ressalta que tem alcançado melhorias em seus indicadores de qualidade medidos pelo órgão regulador desde que a Enel assumiu o controle da distribuidora de energia, em fevereiro de 2017. A duração média das interrupções do fornecimento de energia (DEC), por exemplo, foi reduzida em cerca de 7 horas, na comparação entre dezembro de 2016 e dezembro de 2019 (passou de 29,22 para 22,72 horas). Com relação à frequência média de interrupções (FEC), o número caiu de 18,40 vezes em dezembro de 2016 para 10,43 vezes em dezembro de 2019. Os índices são os melhores já apresentados pela companhia historicamente. Em março de 2020, a empresa alcançou números ainda melhores, com DEC em 19,48 horas e o FEC em 9,36 vezes.

A Enel Distribuição Goiás reforça que em fevereiro de 2019 a empresa apresentou para a Aneel e para o Governo do Estado de Goiás um plano de melhorias para acelerar as iniciativas com foco na qualidade do fornecimento. Os investimentos realizados e as medidas previstas no plano apresentado às autoridades estão e seguirão trazendo impactos positivos nos indicadores de qualidade da empresa, com impactos também na performance no ranking de continuidade da Aneel nos próximos anos. A Enel acrescenta que segue comprometida com a melhoria constante da qualidade do fornecimento de energia em sua área de concessão, por meio da modernização e automação da rede.